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Caso Letycia: julgamento dos suspeitos de assassinar mulher grávida em Campos começa nesta quinta

Diogo Viola de Nadai e Letycia Peixoto Fonseca; a gestante foi morta a tiros na última quinta-feira, em Campos. Foto: Reprodução

Começa nesta quinta-feira o julgamento dos quatro réus suspeitos de terem participado do assassinato de Letycia Peixoto Fonseca, morta em março com cinco tiros, em Campos dos Goytacazes, na região Norte do estado. Ela estava grávida de oito meses e seu companheiro Diogo Viola de Nadai é apontado como mandante do crime. A audiência de instrução que, marca o início do julgamento, está marcada para as 13h na 1ª Vara Criminal de Campos.

— Eu espero que a Justiça comece a ser feita, comece a andar de fato. Tiraram o direito da minha filha de ser mãe, ela tinha uma gravidez perfeita, sonhava em ver essa criança. O que fizeram foi muita maldade. Por que essa criança não teve chance de nascer? Por que esse anjo não tece o direito de nascer? — pergunta Cintia Pessanha Peixoto Fonseca, que presenciou o assassinato da filha, chegou a lutar com um dos assassinos que estavam numa moto e também foi baleada.

Em últimos vídeos, Letycia fazia carinho na barriga

Cintia pretende acompanhar de perto todos os passos do julgamento.

—Quero olhar para ele (Diogo) de frente, nos olhos dele. Quero dizer que ele vai pagar pelo que fez com a minha filha. Eu acredito na Justiça — desabafa a mãe.

Grávida é morta a tiros e mãe fica ferida durante ataque a tiros Campos dos Goytacazes

Além de Diogo Viola, também são acusados do crime Fabiano Conceição Silva, Gabriel Machado Leite e Dayson dos Santos Nascimento. Uma quinta pessoa ainda não identificada também teria participado do plano.

Relembre o caso

Grávida de oito meses, Letycia Peixoto Fonseca foi morta com cinco tiros, na Rua Simeão Schremeth, no bairro Parque Aurora, em Campos dos Goytacazes. A vítima foi socorrida pela família, mas morreu na chegada ao hospital. Já o bebê que esperava, Hugo, nasceu com vida, mas morreu na manhã seguinte.

Ela estava num carro quando foi abordada por dois homens numa motocicleta. Também ocupante do veículo, a tia de Letycia, Simone Peixoto, de 50 anos, viajava no banco do carona.

As investigações levaram à prisão do professor Diogo Viola de Nadai, preso suspeito de envolvimento na morte da companheira. Ele se manteve em silêncio ao ser encaminhado à 134ª DP (Campos). Sua prisão temporária foi solicitada pela delegada titular da unidade, Natália Patrão, que também aguarda dados de operadoras de telefone e de aplicativos para continuar as investigações.

Cintia Pessanha relatou aos policiais que enquanto esteve internada, após ser baleada no contexto do crime, “achou muito estranho” Diogo Viola não ter ido visitá-la ou ter procurado saber de Letycia ou do bebê, que também morreu.

“Então durante o atendimento do tiro que levou, ouviu de uma acompanhante de outra paciente, que um homem grande (deu as mesmas características do DIOGO) chegou na frente do Hospital e perguntou: “JÁ MORREU? JÁ MORREU?” (…) Que na Sexta, dia 03/03/2023, enquanto a família estava na rua agindo as documentações, o DIOGO ficou em casa dormindo, mostrando total indiferença”, disse em depoimento.

A mãe de Letycia narrou ainda que a filha já tinha ficado grávida de Diogo, mas, com um problema durante a gestação, precisou fazer uma curetagem. O relacionamento dos dois então terminou após o fato e, após voltarem, a filha contou que o companheiro chegou a apertar o braço dela durante uma discussão, pois queria ter acesso ao telefone celular dela. Ela também reclamava que o professor nunca tinha apresentado Letycia à família.

Fonte: Extra.

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