Ônibus híbrido protótipo da EPT está localizado no 3º Congresso Brasileiro do Hidrogênio, na Barra de Maricá. Foto: João Henrique / Maricá Info.
Maricá planeja tornar sua frota de ônibus da Empresa Pública de Transportes (EPT) completamente livre de emissões de carbono até 2038. O anúncio foi feito pelo prefeito Fabiano Horta durante a abertura do 3º Congresso Brasileiro do Hidrogênio, que começou no dia 29 e terminará amanhã.
Conforme as projeções, três ônibus serão entregues em 2024, seguidos por mais 15 em 2028, e a substituição completa da frota está prevista até 2038. Durante o evento, o prefeito revelou um investimento em uma parceria com o laboratório da Coppe/UFRJ para o desenvolvimento de ônibus movidos a hidrogênio, hidrogênio-etanol e elétricos, com o objetivo de construir uma matriz de mobilidade para o futuro de Maricá. A cidade já conta com uma empresa pública de transporte responsável pelo sistema interno e adotou uma política de tarifa zero, estabelecendo metas claras para a substituição dos ônibus até 2038.
A sessão de abertura do congresso contou com a presença do professor Paulo Emílio Valadão de Miranda, presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio – ABH2 e professor titular da Coppe-UFRJ; Christophe Rigollet, gerente de Geotécnicas da CVA Engineering; e Alain Prinzhofer, diretor científico da GEO4U.
O evento, realizado em Barra de Maricá, atraiu centenas de participantes. A programação matinal incluiu uma palestra sobre Políticas de Governo e o Polo do Hidrogênio em Maricá, seguida pela abertura oficial da Exposição Empresarial.
O prefeito Horta destacou a importância de sediar o congresso em Maricá, uma cidade que atualmente se beneficia economicamente da indústria do petróleo. Ele ressaltou o objetivo de utilizar esses recursos para construir uma matriz energética futurista, limpa e sustentável, que possa servir de exemplo e inspiração para outras cidades. Com o compromisso claro de cumprir seu papel no desenvolvimento local, Maricá busca estabelecer cadeias produtivas alinhadas com o desenvolvimento, aproveitando seu maior fundo soberano de royalties do país, atualmente avaliado em R$ 1,5 bilhão, com projeções de alcançar R$ 3 bilhões.