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    Bolsa Família começará a pagar valor extra de R$ 50 para cada criança e jovem entre 7 e 18 anos neste mês

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     Novo cartão do Bolsa Família. Foto: MDAS/Divulgação 

    Neste mês de junho, começa o pagamento de um valor adicional para um novo público dentro do programa Bolsa Família. Núcleos familiares que recebem o benefício básico de R$ 600 e que têm gestantes ou crianças e adolescentes de 7 a 18 anos incompletos vão passar a receber uma quantia extra de R$ 50 por cada um deles.

    Com a inclusão dessa nova faixa etária e das grávidas, o governo federal estima o pagamento de 24,7 milhões de benefícios adicionais, o que custará R$ 2,1 bilhões por mês aos cofres públicos.

    Manoel Messias, de 44 anos, está desempregado e depende do Bolsa Família para bancar suas despesas e as da filha de 9 anos. Para atualizar seu cadastro no programa e garantir o recebimento da ajuda mensal, ele precisou acordar às 5h, nos últimos dias de maio, para ir ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Madureira, na Zona Norte do Rio. Por conta da menina, ele agora receberá o valor extra de R$ 50.

    A notícia sobre o pagamento no novo bônus foi bem recebida. Messias, que faz alguns bicos para complementar a renda, já tem planos de como gastará os R$ 50.

    Claudia Vieira vai ser beneficiada com R$ 50 extra — Foto: Fabio Rossi
    Claudia Vieira vai ser beneficiada com R$ 50 extra — Foto: Fabio Rossi

    — Pretendo usar o dinheiro para comprar o que minha filha precisa, como biscoito e merenda para a escola — conta o trabalhador. — Criança gasta muito: é comida, material escolar e roupas, principalmente porque nessa idade crescem muito rápido.

    Em março deste ano, o Bolsa Família passou a pagar um adicional de R$ 150 por menores até 6 anos. No mês passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), foram incluídas 147,7 mil crianças, totalizando 9,04 milhões de pessoas nessa faixa etária recebendo o valor adicional. Atualmente existem 21,25 milhões de famílias contempladas pelo Bolsa Família.

    Também para lactantes

    Além das crianças, dos adolescentes e das gestantes, um outro grupo deve passar a receber R$ 50: as lactantes.

    Veja o calendário — Foto: Editoria de arte
    Veja o calendário — Foto: Editoria de arte

    Na última quinta-feira (dia 1º de junho), o Senado aprovou de forma simbólica — sem a contagem de votos — a medida provisória do Bolsa Família, com uma inclusão feita pelo relator da proposta na Câmara, Dr. Francisco (PT-PI): a extensão do pagamento às lactantes. O texto já havia sido aprovado no dia anterior pelos deputados. Agora, seguirá para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    A atendente Claudia Vieira, de 23 anos, será beneficiada com a inclusão aprovada por parlamentares. A jovem é mãe de um recém-nascido. Ela esteve no Cras de Madureira no fim de maio para se cadastrar no programa:

    — Esse dinheiro vai ajudar a bancar meu filho, a comprar fraldas, que estão caras. Vai ajudar muito.

    Valor médio deve aumentar em junho

    A expectativa do governo federal é que o valor médio do Bolsa Família em junho — quando todos os adicionais estarão sendo pagos — fique em torno de R$ 714. Em maio, o pagamento foi de 672,45, em média. É importante destacar que o benefício mínimo pago por família é de R$ 600, mas os núcleos familiares com crianças até de 6 anos de idade já têm direito ao adicional de R$ 150 por menor desde março. Por isso, o valor médio é mais alto.

    No caso dos novatos, depois de inscritos no CadÚnico, para saber se vão receber o benefício e os valores adicionais, é preciso consultar um dos canais oficiais do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social: telefone 121 ou site https://www.gov.br/mds/pt-br. O pagamento é feito pela Caixa Econômica Federal, via aplicativo Caixa Tem. O app também fornece o extrato de pagamento mensal.

    Como o próprio governo federal orienta, é importante estar com os dados corretos no CadÚnico. Para atualizar as informações, é sempre obrigatório ir a um Cras do município onde reside. É preciso apresentar o CPF ou o título de eleitor do responsável pela família e ao menos um documento de cada morador da casa.

    No Rio, serviço agendado em oito Cras

    Na cidade do Rio, já é possível evitar filas e agendar os atendimentos relacionados ao CadÚnico em alguns dos Centros de Referência de Assistência Social.

    A marcação é feita por meio da plataforma CADRio (cadunico.rio) ou na Central 1746. O serviço foi lançado no início de maio e, por enquanto, passa por uma fase de testes, com horários de atendimento disponíveis em oito Cras da 2ª Coordenadoria de Assistência Social (veja lista acima). O objetivo da medida, de acordo com a prefeitura, é dar mais qualidade ao serviço, agilizando o atendimento e zerando a fila.

    Dados da Secretaria municipal de Assistência Social apontam que a adesão ao serviço é alta. Na última semana antes de o serviço ser lançado (de 2 a 8 de maio), 1.673 pessoas foram atendidas nas oito unidades porque foram aos locais e pegaram senhas. O agendamento digital começou no dia 9, mas com horários disponíveis só a partir do dia 16. Então, do dia 9 ao dia 26, foram 1.682 agendamentos. Ou seja, os cidadãos se adaptaram à ferramenta virtual. Outro comportamento observado pela pasta foi que 5% dos usuários cancelaram a ida antes do dia marcado, abrindo novas vagas na agenda dos Cras.

    Uma nova oferta de vagas foi aberta na semana passada, com expansão de horários livres. A ideia é que ainda em junho o serviço chegue a outra regional, ainda não escolhida.

    No Cras Zózimo Barrozo do Amaral, em Madureira, na Zona Norte, para conseguir um lugar na fila — que dobra a esquina todas as manhãs —, muita gente sai de casa de madrugada. O atendimento só começa às 8h, com a distribuição de poucas senhas.

    A promotora de vendas Tatiana Santos, de 41 anos, precisou acordar cedo para ser atendida na unidade. Ela — que tem um filho de 11 anos e vai receber os R$ 50 neste mês — gostaria que existisse uma forma alternativa de cadastramento, sem que a população precisasse enfrentar filas para atendimento.

    — Vim atualizar o cadastro. Mas enfrentar essa fila é ruim demais. Acho que poderiam resolver o problema de forma on-line — diz.

    Atualmente, a capital fluminense conta com 47 Centros de Referência de Assistência Social (Cras). De acordo com a Secretaria municipal de Assistência Social, nos quatro primeiros meses de 2023, a média diária de atendimentos foi de 6.142 pessoas. A pasta informou que entre os principais serviços solicitados estão: orientações para acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) e ao Bolsa Família, além de inclusões e atualizações do CadÚnico.

    Fonte: Extra.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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