Foto: Peter Garrard Beck/Getty Images
O Governo do Estado recebeu, ontem (6), a confirmação de mais um caso de ave silvestre migratória contaminada com o vírus da Influenza Aviária (H5N1). A espécie é uma trinta-réis-real, e foi encontrada em Niterói. Na segunda-feira (5), uma fragata (Fregata magnificens) já tinha sido identificada com a doença, também em Niterói. Em todo o estado, já são sete focos de casos registrados. As secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) do Rio de Janeiro orientam a população a não tocar em aves silvestres com sinais de doença e acionar o serviço de vigilância sanitária.
Vale destacar que, embora seja possível a transmissão da gripe aviária de aves para humanos, a transmissão entre humanos é rara. A maioria dos casos documentados de infecção humana resultou do contato próximo e prolongado com aves infectadas ou do consumo de produtos avícolas contaminados e mal cozidos.
O estado registra três casos em São João da Barra, dois em Niterói, um em Cabo Frio e um na Cidade do Rio de Janeiro. Técnicos da Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). “O mais importante é informar a população para evitar o contato com aves silvestres encontradas principalmente no litoral. Estamos ampliando a vigilância e orientando os 92 municípios”, disse o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.
Ações preventivas – A SES-RJ orienta profissionais das unidades de saúde que estejam atentos, durante triagem e atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Já a Secretaria de Agricultura informa que também não há registro da doença em aves domésticas, em áreas de produção comercial ou de subsistência no Estado. Em caso de suspeita, o cidadão deve ligar 193 ou comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental do município.
“Qualquer suspeita, o cidadão deve comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município”, ressalta o secretário de Agricultura, Dr. Flávio.
A Secretaria de Agricultura aconselha criadores de aves de corte ou postura que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como proibir visita às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão; manter o portão fechado; desinfecção de veículos em pleno funcionamento e de materiais que acessem a granja; cuidados com a ração e água; restringir criação de aves pelos funcionários.
*Com informações do O Fluminense.*