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Polícia Civil investiga morte de mulher em clínica de estética da Barra

Rio – A Polícia Civil está investigando a morte de uma mulher durante um procedimento estético em uma clínica na Avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, na noite desta quinta-feira (16). A família de Ingrid Ramos Ferreira, de 42 anos, esteve no Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta sexta-feira (16) para liberar o corpo e acusa erro médico. A sala comercial onde ocorreu o incidente foi interditada após a perícia.

Ingrid estava acompanhada de seu filho de 14 anos quando foi até o local para realizar uma correção de uma cirurgia de abdominoplastia feita no ano passado. Segundo o irmão da vítima, Ícaro Ramos Ferreira, de 33 anos, o local não era adequado para a realização do procedimento.

“Para mim, aquilo ali era um açougue, não uma clínica. Só Deus sabe a dor que estou sentindo. Soubemos disso porque o filho dela ligou para minha outra irmã, e eu estava no trabalho, fiquei desesperado. Essa clínica é um lugar pequeno, parecendo uma kitnet, é uma sala minúscula. Quando chegamos, estava apenas a médica, o marido e um policial lá dentro”, explicou ele.

O irmão gravou um vídeo no momento em que chegou à clínica, onde outra pessoa menciona que a vítima teve uma reação alérgica à anestesia. “A médica não me disse nada, ela não conseguia nem abrir a boca, estava muito abalada. Havia remédios vencidos lá, o que poderia ter causado isso. Assim que chegamos, percebemos que era um lugar inadequado. Saímos de lá às 2h”, disse Ícaro.

Ele também mencionou que a família e a vítima são da Bahia, mas atualmente residem na Pavuna, Zona Norte. Ele descreveu Ingrid como uma pessoa muito alegre que deixará saudades. Ela deixa dois filhos, um de 14 anos que testemunhou o procedimento e uma filha de 22 anos, que está grávida de oito meses.

“Só queremos justiça, porque isso precisa acabar. Uma pessoa morre, outra morre, e nada acontece. Ela não é a primeira a morrer por um procedimento estético. Eu sempre dizia que ela estava linda, mas ela não me ouvia”, lamentou Ícaro.

A cunhada de Ícaro, Juliana Guedes, de 33 anos, explicou que o filho da vítima contou que a mãe teve uma convulsão durante a aplicação da anestesia.

“Ela foi fazer uma correção de cicatriz com lipoaspiração, mas não temos muitos detalhes porque quem estava acompanhando era o filho dela. Ele disse que ela começou a ter convulsões no momento da anestesia e não resistiu. No local, foram encontrados medicamentos vencidos, e a médica retirou todos os materiais usados e os escondeu no consultório ao lado, que é do marido dela”, explicou.

Juliana também explicou que a cunhada havia feito uma abdominoplastia

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