Vini Jr. aponta para grupos de torcedores que gritaram xingamentos racistas para o brasileiro. Foto: JOSE JORDAN/AFP
O último caso de racismo contra Vinicius Junior ocorrido no mês de maio durante uma partida do Real Madrid contra o Valencia, pela La Liga, teve grande repercussão internacional. No dia seguinte ao duelo, três torcedores foram detidos acusados de terem feito gestos racistas direcionados ao brasileiro. Agora, eles são investigados na Justiça de Valencia, onde ocorreu a partida, mas em entrevista à rádio espanhola Cadena Ser, os advogados dos jovens afirmam que não houve racismo.
— Os gestos que eles podem ter feito não tem nenhuma intenção de violência racista ou de ódio a essa jogador ou a qualquer pessoa negra — afirmou a advogada Juana Blázquez.
De acordo com a rádio, a advogada afirma que os jovens reconheceram que fizeram gestos direcionados ao jogador, mas alega que “há gravações que eles não negaram, mas contaram suas versões”. Ela também declarou que “tudo ocorreu dentro de um contexto de um jogo de futebol, e fica claro que o jogador provocou o estádio e os torcedores” e afirmou que os três estão sendo usados como bodes expiatórios no caso.
Manuel Izquierdo, advogado de outro jovem, também corroborou a narrativa de que não houve racismo, e afirmou que o que aconteceu “foi tirado de contexto”.
— Foi um problema pontual. São três garotos que acabaram de completar 18 anos, não fazem parte de nenhum grupo radical, não são da Yomus [torcida organizada de extrema-direita], não são de grupos latinos, não tem tatuagens. São pessoas completamente normais — afirmou o advogado.
A Justiça da Espanha acusa o trio de crime de ódio e eles podem ser condenados de seis meses a quatro anos de prisão, além de multas, dependendo de como o delito será tipificado penalmente. Um dos acusados prestou depoimento acompanhado dos pais, o outro foi sozinho, e o terceiro não foi, alegando “motivos pessoais”.
Fonte: Extra.