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    Rio estima que 100 pessoas são amputadas a cada ano por arma de fogo; capital implanta notificação compulsória

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    O menino Luis Rodrigo Costa Santana, de 11 anos, teve a mão amputada quando pegou uma granada achando que era uma bolinha, aos 4 anos. Foto: Márcia Foletto

    A secretaria municipal de Saúde do publicou nesta segunda-feira uma resolução que torna compulsória a notificação de procedimentos de amputação no Rio. A decisão de implantar uma nova ficha de informação foi tomada após o jornal extra iniciar a publicação da série de reportagens Mutilados. Dados da prefeitura do Rio mostram que nos últimos cinco anos, 38% das amputações na capital foram classificadas como causa “indeterminada”, o que dificulta a compreensão do cenário e implantação de políticas públicas.

    Na nova ficha de notificação o profissional de saúde terá que informar a causa da amputação, entre elas o disparo por arma de fogo. Também são obrigatórios dados demográficos do paciente, os membros afetados e qual o nível da mutilação.

    — Calcular o número de anos de vida perdidos por essas vítimas é uma obrigação de todo o SUS. A violência amada precisa ser bastante mapeada porque, na maioria das vezes, ela se repete no mesmo lugar, na mesma situação ao longo de anos. Para além da saúde, os dados podem provocar intervenções urbanas de políticas públicas — afirma Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio.

    Em 15 anos, o Brasil teve pelo menos 2.044 amputações devido a ferimentos de arma de fogo e explosivos. Só na cidade do Rio de Janeiro, foram 88 casos, deixando sequelas semelhantes às vistas em guerras como o da Ucrânia e o do Afeganistão. O drama dessas pessoas é o foco de uma investigação inédita na série “Mutilados”, publicado a partir deste domingo no GLOBO e no Extra. Durante cinco meses, equipes se debruçaram sobre um emaranhado de histórias e dados que não são esquadrinhados oficialmente. E constataram que, no Rio, onde fuzis — uma arma de guerra — são usados até para assaltar pedestres, ser vítima e sobreviver pode ser um milagre

    Números nebulosos

    Atualmente, é obrigatória no SUS a notificação do atendimento às vítimas de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Ele tem campos que devem ser preenchidos impreterivelmente: idade, sexo, o tipo da violência sofrida, qual o meio da agressão (arma de fogo, enforcamento etc) e até se o suspeito do crime tem relação com o paciente (pai, mãe, amigos etc). No entanto, não mostra, nas atuais buscas, por quais procedimentos essa vítima passou. Não há a possibilidade de se descobrir, via Sinan, se uma pessoa baleada perdeu um órgão, membro ou se ficou paraplégica. A evolução da vítima dentro do hospital é resumida a alta, óbito ou fuga na unidade.

    Via Lei de Acesso à Informação, O GLOBO pediu dados ao Ministério da Saúde sobre os amputados pela violência no Brasil. Como resposta, recebeu que não havia dados públicos sobre o tema e, quando necessário, a pasta recorria aos números de pesquisas do IBGE, entre elas os Censos de 2000 e 2010.

    A busca em documentos e entrevistas a técnicos e pesquisadores indicaram que as Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) são o único caminho para a sociedade acompanhar os procedimentos feitos nas unidades do SUS. Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu aos contatos.

    Fonte: Extra.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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