Foto: Divulgação.
Na manhã desta quarta-feira (12), uma uma criança morreu baleada no conjunto habitacional Carlos Alberto Soares de Freitas, do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ no bairro de Inoã, em Maricá (RJ).
O caso ocorreu por volta das 7h00. Segundo informações, policiais militares foram ao local para realizar uma operação com o objetivo de combater o tráfico de drogas na região, quando foram recebidos a tiros por criminosos.
Em resposta, policiais revidaram, dando início a um tiroteio. Durante o confronto, um menino de 10 anos, que estava a caminho da escola, foi atingido por um disparo de arma de fogo e faleceu no local.
Segundo informações de moradores do conjunto habitacional, no momento em que a criança foi baleada, não estava acontecendo confronto entre policias e traficantes.
Equipes do Corpo de Bombeiros do Destacamento de Maricá foram enviadas para o endereço, mas infelizmente não puderam fazer nada. Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) estão sendo aguardados no local.
A vítima foi identificada como Dijalma de Azevedo, era aluno da escola Darcy Ribeiro. O corpo será levado para o Instituto Médico Legal (IML) do Barreto, em Niterói. Relatos indicam que este é o segundo dia consecutivo de confrontos entre policiais e criminosos no conjunto habitacional.
O residencial do ‘Minha Casa, Minha Vida’ de Inoã é dominado há anos pelo tráfico de drogas e sucessivos confrontos são registrados na região. O posto de saúde do local precisou ser remanejado devido ao risco aos funcionários, que já não queriam trabalhar em uma região conflituosa.
A prefeitura de Maricá se manifestou sobre o acontecimento através da nota de pesar
”A Prefeitura de Maricá lamenta profundamente a morte do aluno Dijalma de Azevedo, de 10 anos, ocorrida de forma violenta na manhã desta quarta-feira, 12/07, devido a um tiroteio entre bandidos e policiais no conjunto habitacional Minha Casa, Minha Vida, em Inoã, no momento em que Djalma saía de casa para ir à Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro.
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, declarou que cobrará rigor máximo das autoridades policiais nas investigações. “Não vamos deixar que esse crime fique impune, nem que tragédias como essa, incomuns na nossa cidade, sejam naturalizadas”, afirmou.
As equipes das secretarias municipais de Direitos Humanos e Assistência Social deslocaram-se imediatamente para o local, prestando todo o apoio e solidariedade à família de Djalma.
Duas mulheres deram entrada no Hospital Dr. Ernesto Che Guevara com quadro de saúde estável. Uma com ferimentos por pedrada na face, outra com estilhaços de bomba também no rosto, e seguem em atendimento.
A Prefeitura de Maricá presta condolências a todos os familiares e amigos, além de colegas e professores da Escola Municipal Darcy Ribeiro.
O município está de luto pela perda irreparável do menino Djalma.”