Foto: Katito Carvalho
A Prefeitura de Maricá realizou na quarta-feira (12/07) a 4ª audiência pública do Plano de Mobilidade Urbana. Na ocasião a empresa de consultoria contratada pela Secretaria de Urbanismo, apresentou o documento consolidado com as propostas em curto, médio e longo prazos e seus respectivos investimentos para a mobilidade na cidade. O encontro foi acompanhado de forma presencial no auditório do Banco Mumbuca, no Centro e, online, pela página do Youtube do Plano de Mobilidade Urbana.
Agora serão feitas reuniões internas com gestores e equipes técnicas das secretarias e autarquias, além do Conselho da Cidade, para os últimos ajustes antes da revisão final da minuta do projeto de lei do Plano Municipal de Mobilidade Urbana. Um dos principais pontos sugeridos para aliviar os deslocamentos na rodovia RJ-106 é a criação da TransMaricá Norte, ligando a RJ-114, em Ubatiba, até Santa Paula.
“Estamos propondo outros caminhos como a TransMaricá Norte, onde será possível ir a São Gonçalo pela Estrada de Cassorotiba, e a Itaboraí pegando acesso por Ubatiba”, destacou o secretário de Urbanismo, Celso Cabral. Outras ideias contidas no documento que se propõe a melhorar a fluidez na RJ-106 são: a criação de marginais (Destinadas ao tráfego local, este tipo de via não possui semáforos), nos dois sentidos da rodovia, com estacionamento rotativo nessas vias laterais.
Para um trânsito mais seguro para condutores e pedestres também estão indicadas reduções de velocidade nas vias arteriais, de 60 km/h para 50 km/h, e nas vias locais cujos veículos não poderão ultrapassar 30 km/h; fiscalização eletrônica; campanhas educativas e inclusão do tema na grade curricular das redes de ensino.
Para a mobilidade das bicicletas foi sugerido a ampliação do número de “vermelhinhas”, além de locais para transporte de bicicleta nos ônibus; paraciclos e bicicletários, bem como a disponibilização de bikes e patinetes elétricos. Para o transporte coletivo, o documento indica a readequação dos ônibus com criação de linhas circulares e perimetrais (sem passar pelo Centro). Veja aqui o documento com as propostas consolidadas do Plano de Mobilidade.
Oficinas com moradores e gestores públicos
As ideias contidas no documento foram elaboradas a partir das sugestões dos gestores públicos e da população em oficinas, pesquisas e coleta de informações desde 2022. Para melhorar os deslocamentos, a questão principal apontada é o investimento em transporte coletivo com mais linhas de ônibus circulares e de integração com as vans; padronização visual dos pontos de ônibus e melhorar a tecnologia do aplicativo da Empresa Pública de Transporte (EPT), com mais informações para a população; e pistas exclusivas para ônibus. Também foi destacada a utilização de transporte não motorizado, onde foi indicado conectar as ciclovias existentes, ampliar a malha cicloviária e instalar bicicletários nos terminais rodoviários para permitir a integração intermodal.
A empresa de consultoria também indicou a realização de estudos para implantação de transporte sobre trilhos e aquaviário, este direcionado ao turismo; vias alternativas de acesso ao aeroporto municipal para desafogar o Centro da cidade; um estudo para a criação de um sistema binário para melhorar o trânsito na rotatória da Mumbuca, um dos principais gargalos da região central e via de ligação à rodovia, entre outras medidas.
Em relação às diretrizes para o transporte, o documento estabelece a implantação de pistas exclusivas de ônibus ao longo da RJ-106, a reprogramação operacional em dias úteis, reorganização da rede de linhas integradas por terminais, estações e pontos de embarque e desembarque. Também contém indicações dos eixos da Estrada dos Cajueiros com a proposta de implantar a seção de via arterial em alguns trechos, com a implementação de binários em outros.
Plano de Mobilidade
O Plano de Mobilidade é um instrumento de planejamento e gestão que tem o objetivo de melhorar as condições de deslocamento no município e do acesso amplo aos bens e serviços, priorizando o transporte coletivo e o não motorizado. Ele propõe um conjunto de diretrizes e propostas de ações que conduzam à modernização das infraestruturas e sistemas de transportes, de modo integrado aos instrumentos legais, como o Plano Diretor.
