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    Suspeito de criar grupo do Discord para estupro de vulnerável é indiciado pela Polícia Civil

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    A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Pedro Ricardo Conceição da Rocha, conhecido como King, de 19 anos, apontado como o criador do principal grupo no Discord, uma plataforma onde membros praticavam estupros virtuais, induziam à automutilação e ao suicídio de crianças e adolescentes. King foi preso em uma operação da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) no dia 4 de julho.

    Pedro Ricardo será indiciado por associação criminosa, divulgação e armazenamento de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil, estupro de vulnerável e induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio ou à automutilação.

    A Polícia Civil também solicitou a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, por tempo indeterminado. Após a prisão de King, foram identificadas outras três vítimas que colaboraram com a conclusão do inquérito policial.

    Ele foi preso na segunda fase da “Operação Dark Room”, realizada pela DCAV, que tinha como alvo seu grupo. A ação ocorreu nas cidades de Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana, e Teresópolis, na Região Serrana. King foi encontrado escondido na casa de sua avó, em Teresópolis. Na primeira etapa da operação, dois adolescentes de 14 e 17 anos foram apreendidos.

    As investigações tiveram início em março deste ano, após o compartilhamento de dados de inteligência com a Polícia Federal e delegacias de vários estados do país. Os adolescentes alvos da operação são acusados de associação criminosa, induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio e estupro. Desde abril, mais de 10 pessoas foram presas ou apreendidas pela Polícia Federal e pelas Polícias Civis estaduais.

    Três servidores da plataforma eram usados por um mesmo grupo de jovens e adolescentes de diversas regiões do país para cometer atos de extrema violência contra animais e adolescentes, além de divulgar pedofilia, zoofilia e promover abertamente racismo, nazismo e misoginia.

    Vídeos obtidos durante a investigação e publicados na plataforma mostravam mutilações e sacrifícios de animais como parte dos desafios impostos pelos criadores e administradores dos servidores, como condição para que os membros ganhassem cargos na comunidade, o que principalmente significava permissões e acesso a funções dentro do grupo. A maioria dessas ações era transmitida ao vivo em chamadas de vídeo para os integrantes dos servidores.

    Além disso, adolescentes também eram chantageados e constrangidos a se tornarem escravos sexuais dos líderes para cometer estupros virtuais que eram transmitidos ao vivo por meio de chamadas de vídeo para todos os integrantes do servidor. Durante as sessões, as vítimas eram xingadas, humilhadas e obrigadas a se automutilar. Sob o comando de seu “Deus” ou “dono”, elas faziam cortes com navalha nos braços, pernas, seios, genitália e qualquer outra parte que lhes fosse ordenada. Muitos espectadores riam e se divertiam com a crueldade, em uma prática conhecida como “LULZ” (trolar e rir do sofrimento alheio).

    Essas vítimas, de várias regiões do Brasil, eram selecionadas no próprio Discord, em perfis abertos em redes sociais ou até mesmo indicadas por membros do grupo. Utilizando técnicas de engenharia social, pesquisas em bancos de dados e consultas de crédito, os líderes obtinham informações pessoais delas em uma prática conhecida como “DOX”. A partir daí, iniciavam uma série de chantagens, afirmando que possuíam fotos comprometedoras que seriam vazadas ou enviadas para os pais, caso as vítimas não se submetessem às suas ordens. Na maioria das vezes, essas ameaças eram falsas.

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