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Defensora pública aposentada acusada de chamar entregadores de ‘macacos’ passa por audiência nesta terça

Nesta terça-feira, a ex-defensora pública Cláudia Alvarim Barrozo, acusada de injúria racial contra dois entregadores em um condomínio de Niterói no ano passado, enfrentará uma nova audiência de instrução e julgamento no fórum do município.

O advogado Joab Gama de Souza, que representa os entregadores Eduardo Peçanha Marques e Jonathan Souza Mendonça, informou que estão previstos os depoimentos dos denunciantes, testemunhas e da acusada.

A primeira audiência ocorreu em 13 de março deste ano, quando uma testemunha convocada pela defesa de Cláudia corroborou os relatos das vítimas na denúncia. Segundo Joab, a testemunha afirmou que presenciou a discussão e ouviu Cláudia proferindo ofensas racistas contra os entregadores, confirmando a acusação de injúria racial.

A sessão que deveria ocorrer em fevereiro foi adiada devido à ausência de testemunhas indicadas pelos advogados de Cláudia. A Justiça ordenou a condução coercitiva de uma das testemunhas, garantindo sua presença na audiência anterior.

Esperava-se que outra testemunha de defesa prestasse depoimento, mas não recebeu a intimação devido a um problema no cartório de Itaocara, onde reside. Como resultado, Cláudia ainda não prestou depoimento no tribunal e será a última a fazê-lo.

Em março deste ano, uma audiência de conciliação entre Cláudia Barrozo e o entregador Eduardo Marques foi realizada no Fórum de Niterói, mas não houve acordo entre as partes. A ex-defensora pública havia apresentado uma queixa-crime contra o entregador por difamação, alegando que ele proferiu ofensas sexistas e sexuais, incluindo palavras ofensivas direcionadas à sua filha. A defesa de Cláudia sugeriu um acordo de composição civil, com possibilidade de pagamento de duas cestas básicas no valor de R$ 600 ou prestação de serviços comunitários, mas o entregador recusou as propostas.

O caso de injúria racial ocorreu em 30 de abril de 2022, quando Cláudia Alvarim Barrozo proferiu ofensas raciais contra os dois entregadores em um condomínio de luxo em Itaipu, Niterói. Um dos entregadores gravou um vídeo mostrando a agressão verbal, no qual Cláudia os chamava de “macacos”. A Polícia Civil iniciou uma investigação, mas a ex-defensora não compareceu para prestar depoimento nas três ocasiões em que foi chamada, e o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro apenas com o depoimento das vítimas.

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