A delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz trouxe à tona o nome de mais um suspeito envolvido no plano de execução da vereadora Marielle Franco. Trata-se de Edmilson Oliveira da Silva, conhecido como “Macalé”, que foi executado em 2021. Segundo Élcio, Macalé participou da vigilância de Marielle e foi o responsável por entrar em contato com Ronnie Lessa para encomendar o assassinato.
O trio, composto por Élcio, Maxwell e Macalé, já havia tentado executar a vereadora quando ela estava em um táxi na Tijuca. Macalé ficou no banco de trás do carro, armado com uma AK47, enquanto Maxwell conduzia o veículo e Ronnie seria o executor. Entretanto, a ação foi abortada por problemas no carro.
O histórico de chamadas entre Lessa e Macalé antes do crime, além do depoimento de Élcio, indicam uma relação próxima entre os dois. A participação de Macalé pode ter sido de intermediário entre o mandante do crime (Ronnie Lessa) e o executor.
A prisão de Maxwell na Operação Élpis, que investiga o assassinato de Marielle e Anderson Gomes, aponta que ele ajustou detalhes com o executor (Ronnie Lessa), prestou auxílio material e moral em atos preparatórios e se desfez de provas do crime. A colaboração premiada de Élcio foi essencial para as investigações, porém, a identificação de novos suspeitos foi dificultada pelo lapso de cinco anos desde o crime, o que prejudicou a obtenção de registros de dados de chamadas telefônicas.
A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão, resultando na prisão de Maxwell. As investigações devem prosseguir com base nas informações fornecidas por Élcio e a expectativa é de que mais operações sejam realizadas para desvendar os demais envolvidos no assassinato de Marielle Franco.