Corpo de Marcelo Souza é enterrado em Caxias, na Baixada. Foto: Cléber Mendes/ Agência O DIA
Marcelo Souza, de 24 anos, foi sepultado, nesta quinta-feira (27), no Cemitério Nossa Senhora das Graças, no Parque Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Familiares e amigos se emocionaram na despedida ao jovem, que foi encontrado morto, nesta quarta-feira (26), no bairro Cidade dos Meninos, no mesmo município, após sofrer um sequestro na noite anterior, quando saiu com amigos.
De acordo com o pai, o advogado Marcelo Silveira, eles conversaram por telefone pouco antes do crime, quando ele pediu ao filho que voltasse para casa, por conta do trabalho na manhã seguinte, mas o jovem pediu para que não se preocupasse. Cerca de uma hora depois, a mãe ligou para informá-lo de que a vítima havia sido sequestrada e que os criminosos o obrigaram a pedir R$ 30 mil de resgate, que deveriam ser entregues em um ponto da Rodovia Washington Luiz, mas ninguém apareceu.
Os familiares conseguiram rastrear o celular de Marcelo, que passou pelos bairros de Pilar, em Caxias, e Lote XV, em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense. O última contato do jovem aconteceu por volta de 0h, com um amigo que o chamou para dormir em sua casa, mas ele não chegou ao local. Aos parentes, que disseram não conhecer o rapaz, ele disse que tinha sido informado por outra amiga que “o pior” havia acontecido com a vítima.
O corpo de Marcelo foi encontrado em uma mata, próximo ao Monte Cidade dos Meninos, e o caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que realiza diligências para esclarecer os fatos e identificar os criminosos envolvidos. Recém-formado em Direito, o jovem fez a última prova da OAB, tinha começado a trabalhar com o pai há duas semanas e se mostrava empolgado, segundo o advogado.
“Ele era uma pessoa excelente, prestativa, tinha acabado de se formar. Uma das últimas mensagens foi nesse sentido: “pai, estou empolgadão que estou trabalhando contigo”. Fez a prova da OAB mas, infelizmente, não vai pegar nem o resultado, ele fez a última prova da OAB. O presidente da OAB estava aqui comigo e falou: “era eu que, de repente, ia entregar a carteira dele”, mas infelizmente (não vai). Está tudo muito perigoso a nível de Baixada Fluminense, mas sabe como é um jovem de 24 anos, com os amigos, vão beber, tomar uma cerveja, não tem como a gente controlar isso, por mais que a gente fale”, lamentou Marcelo.
Fonte: O Dia.