Há mais de uma década, Maricá foi apresentada ao ambicioso projeto de um trem ou VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que conectaria Ponta Negra à Niterói, mas desde então, pouco ou nenhum progresso significativo foi alcançado. A ideia surgiu durante a gestão do ex-prefeito Washington Quaquá, com planos de implementar um sistema de transporte de passageiros sobre trilhos ao longo de um trecho de 31 km, ligando Ponta Negra ao Centro e Inoã ao Centro.
Na época, o então secretário de Transportes de Maricá, Rony Peterson, expressou otimismo, afirmando que a viabilidade era possível e que o prefeito apoiava o projeto. Em 2011, representantes de uma empresa cearense, especializada na fabricação de VLTs, visitaram Maricá e acompanharam os representantes da prefeitura em uma avaliação do trecho proposto. O plano era seguir o exemplo bem-sucedido da região do Cariri, no Ceará, onde um VLT com 13,6 km de extensão transporta cerca de 2 mil passageiros diariamente.
Naquela época, a prefeitura chegou a destacar o projeto do VLT em propagandas institucionais, o que gerou grande expectativa entre os moradores da região. No entanto, quando questionada sobre o andamento do projeto, a atual gestão informou por meio de nota que ”não há projeto previsto nesta administração.” Não ficou claro se houve algum investimento realizado até o momento, considerando que o custo estimado para a implementação na época era de R$ 6 milhões.
Com o passar dos anos, as esperanças de ver o VLT se tornar realidade em Maricá foram gradualmente diminuindo, deixando os cidadãos frustrados com a falta de progresso e com a incerteza sobre o futuro desse importante meio de transporte na cidade.