A prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, desenvolve projetos com o objetivo de fomentar a produção agrícola local, por entender a importância econômica e social do setor. No Dia do Agricultor, comemorado em 28 de julho, o órgão destaca o projeto das praças agroecológicas e hortas públicas. A proposta é propiciar orientação técnica que permita o plantio e o cuidado do solo e a criação de uma cultura de alimentação saudável.
Marcelo José Ferreira, de 40 anos, coordena o trabalho na Praça Agroecológica de Araçatiba. Ele conta que no local acontecem visitas de alunos de escolas públicas do município. As crianças aprendem sobre o ciclo do plantio e recebem orientação pedagógica de profissionais da Cooperativa de Trabalho em Assessoria a Empresas Sociais e em Assentamentos de Reforma Agrária (Cooperar). Além disso, quando os alimentos estão prontos para serem colhidos, são compartilhados com a população.
No entorno da praça, acontece a tradicional Feira da Agricultura Familiar, com produtos in natura e processados. O evento, que integra o Sábado Agroecológico, ocorre no primeiro sábado de cada mês. São distribuídas mudas e sementes agroecológicas produzidas em duas unidades de produção, a Fazenda Pública Joaquin Piñero (Espraiado) e o loteamento Manu Manuela (São José do Imbassaí). A proposta desses locais é o incentivo à agricultura e a produção de alimentos sem agrotóxicos.
A Fazenda Pública e o loteamento Manu Manuela, por meio de parceria com a Cooperar, Inova Agroecologia/UFRRJ, funcionam como laboratório/escola, com cursos de capacitação. O principal objetivo das duas unidades é levar conhecimento à população de como cultivar de forma agroecológica e o fomento da agricultura local. Os alimentos produzidos nesses locais são destinados a instituições de interesse social e algumas escolas municipais. Hoje, são em torno de 1896 pessoas assistidas.
A secretaria também idealizou a Fábrica de Desidratado Prefeito Edio Muniz. De acordo com a gerente administrativa, Francilelen Ribeiro, a unidade tem cunho social e econômico.
“A parte econômica entra quando a gente compra dos agricultores locais produtos que não estão mais apropriados para o sacolão ou mercado, mas estão no ponto certo para desidratar. A nossa proposta é evitar o desperdício e a perda para o produtor, que pode escoar a mercadoria”, explica. Depois de processados e embalados, os produtos são entregues em escolas municipais e instituições do município sem fins lucrativos, como CRAS, asilos, casas de recuperação e centros espíritas.