Ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques prestou depoimento na CPMI do 8 de janeiro. Foto: Divulgação.
A Polícia Federal (PF) encontrou provas de que as blitze no segundo turno das eleições foram intencionalmente direcionadas para prejudicar a votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As evidências obtidas pela PF foram a base de sustentação para prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, nesta quarta-feira, 9.
Segundo informações da GloboNews, os investigadores encontraram imagens com o mapeamento das cidades da região Nordeste onde Lula teve mais de 75% dos votos no primeiro turno em celulares de policiais rodoviários.
Também foram descobertas conversas sobre uma reunião da cúpula da Polícia Rodoviária em que Silvinei teria determinado a realização de um “policiamento direcionado” às cidades em que Lula obteve mais votos.
Em depoimento na CPI dos atos golpistas do 8 de janeiro, Silvinei Vasques negou que tivesse dado qualquer ordem ou direcionamento dessa natureza à força policial. Diante dos novos fatos e da constatação de inconsistências no primeiro depoimento, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão, declarou que pretende convocar Silvinei para novo depoimento em breve.
Vasques declarou voto no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na véspera da eleição presidencial. Ele foi indicado para o cargo pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente.
Segundo investigadores, a PF também avançou nas investigações em relação ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que esteve nesta terça-feira, 8, na CPMI do 8 de janeiro.
Em depoimento aos parlamentares, ele negou ter participado de qualquer reunião na Bahia para tratar de direcionamento das blitze no Nordeste em locais onde Lula era o favorito nas eleições. Os investigadores avaliam que, em breve, terão também provas contra o ex-ministro da Justiça.
Fonte: O Dia.