Um imóvel estimado em R$ 4 milhões foi demolido na Ilha da Gigoia, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, como parte de uma operação conjunta envolvendo a Secretaria de Ordem Pública, o Ministério Público e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Essa construção de quatro andares estava no centro das investigações, sendo associada a um grupo paramilitar que mantém atividades na área.
Conforme as informações da prefeitura, o edifício carecia de quaisquer permissões legais e não estava em conformidade com os parâmetros urbanísticos estabelecidos para a região, tornando-se ilegal e inaceitável sob o ponto de vista legal.
Dos quatro pavimentos planejados, três já possuíam estrutura de alvenaria e revestimento de argamassa, inclusive com pisos em mármore. Os andares inferiores destinavam-se a moradias, enquanto o último estava designado para abrigar um salão de jogos e uma área de lazer, totalizando aproximadamente 300 metros quadrados de espaço construído.
É relevante observar que o edifício estava vazio no momento da demolição, e o proprietário, conforme informações fornecidas pela Secretaria de Ordem Pública (Seop), já havia sido alertado quanto à necessidade de interromper a construção.
O Secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, enfatizou a importância dessa parceria com o Ministério Público, destacando que tais grupos criminosos muitas vezes se aproveitam do mercado imobiliário clandestino como meio para lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
A ação não apenas visou desmantelar uma estrutura ilegal, mas também enfatizou a determinação das autoridades em combater a corrupção e a atividade criminosa que se infiltram em diversos setores da sociedade, incluindo o mercado imobiliário. A parceria entre as entidades governamentais e judiciais é crucial para a defesa do bem público e a preservação da integridade urbana.