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    Família quer resposta sobre morte de barbeiro encontrado sem vida após evento no Parque Olímpico

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    O barbeiro Gilsonei Vasconcelos Xavier, de 35 anos, foi tragicamente encontrado sem vida na manhã deste domingo (20), apenas algumas horas depois de ter participado do evento Garota Vip, no Parque Olímpico, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A família suspeita fortemente que ele tenha sido vítima de agressões violentas, levando a crer que seu corpo tenha sido posteriormente deslocado para um terreno adjacente à área da Aeronáutica, próxima ao local do evento.

    De acordo com informações compartilhadas por testemunhas com a família, que aguarda a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro da cidade, Gilsonei foi agredido durante uma confusão que se desenrolou no espaço do evento Garota Vip no último sábado (19).

    As notícias sobre o ocorrido chegaram à família após a publicação de uma emocionante homenagem a Gilsonei nas redes sociais. O barbeiro, que deixa para trás dois filhos – um de apenas 8 meses e outro de 4 anos – compareceu ao evento na companhia de um amigo, que acabou se separando dele durante o tumulto.

    “O que sabemos até o momento é que ele foi retirado pelos seguranças do Garota Vip, depois de um suposto desentendimento com uma mulher, seguido por um homem que o agrediu. Consequentemente, ele caiu e bateu violentamente a cabeça no chão. Posteriormente, uma testemunha afirmou que ele continuou a ser agredido por outras pessoas, incluindo chutes”, revelou Jéssica Barradas, amiga da família, à frente do IML nesta segunda-feira à tarde.

    A amiga explicou que o corpo de Gilsonei exibe evidências claras de agressão. “O corpo foi encontrado próximo ao local do evento, em um terreno. O registro foi feito aqui no IML como um achado de cadáver. O laudo inicial indica fratura no punho direito, abrasões no rosto, boca e costas, contusões – em resumo, indícios de um confronto. O laudo ainda não está completo, pois exames laboratoriais estão sendo realizados”, detalhou.

    Segundo Jéssica, houve um considerável atraso no contato da polícia com os familiares, uma vez que o corpo de Gilsonei foi descoberto às 5h de domingo, mas só foi possível comunicar os parentes por volta das 14h30.

    A família busca acesso às gravações das câmeras de segurança do evento, a fim de auxiliar nas investigações da polícia, e demanda que o caso seja tratado pela Delegacia de Homicídios.

    “Estamos buscando as imagens das câmeras de segurança. Precisamos compreender o que realmente aconteceu. Aqueles que prestam serviços também devem garantir segurança. O evento precisa ser responsabilizado e deve fornecer uma explicação convincente do que de fato ocorreu. Se os seguranças o retiraram do local, para onde o levaram? Por que o retiraram? O que aconteceu nesse intervalo de tempo? A irmã dele só foi contatada às 14h30, embora o corpo aparentemente tenha sido descoberto às 5h de domingo”, ressaltou Jéssica.

    Leiliane Xavier de Souza, irmã do barbeiro, expressou a urgência de se esclarecer o ocorrido. “Eles têm um amplo sistema de câmeras, então precisamos ter acesso a essas imagens. O condomínio militar também deve ter”, comentou.

    Inicialmente, quando a família procurou a delegacia, ouviram a hipótese de que Gilsonei poderia ter caído do muro que cerca a área militar junto ao Parque Olímpico.

    Segundo informações da Polícia Civil, o caso está sendo investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca), e diligências estão sendo realizadas para apurar as circunstâncias do acontecimento.

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