A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu nessa quinta-feira (24/08) dois suspeitos apontados como um dos responsáveis pelas mortes dos jornalistas Romário Barros (Fundador do Lei Seca Maricá), do Robson Giorno (Fundador do Jornal O Maricá), do vereador Ismael Breve e do seu filho Thiago Breve.
Na ação, que teve objetivo de cumprir três mandados de prisão, duas pessoas foram presas: Rodrigo José Barbosa da Silva – conhecido como Rodrigo Negão – suspeito de estar envolvido nos três assassinatos e Vanessa da Matta Andrade, conhecida como ‘Vanessa Alicate’, suspeita de participar da morte de Ismael Breve e Thiago Marins. Há também um mandado de prisão contra Davi Esteves, subtenente reformado que é apontado como envolvido nesses dois últimos assassinatos.
Relembre o Caso
Em 2019, quatro assassinatos abalaram a cidade de Maricá. Em maio, o jornalista e empresário Robson Giorno foi assassinado na porta de sua residência. Menos de um mês depois, Romário Barros foi a vítima enquanto voltava de uma caminhada na orla de Araçatiba. Já em agosto, o vereador Ismael Breve e se filho Thiago Marins foram assassinados por homens encapuzados dentro de casa no bairro Zacarias.
Conforme as averiguações efetuadas, Rodrigo José Barbosa da Silva foi acusado de desempenhar o papel executor nos casos de homicídio que vitimaram o jornalista Romário da Silva Barros, o então vereador Ismael Breve de Marins, Thiago André Marins de Marins e Sidnei da Silva, todos ocorridos no ano de 2019. Além disso, as autoridades também imputaram acusações a Davi de Souza Esteves e Vanessa da Matta Andrade, apontando-os como cúmplices em dois dos mencionados delitos.
Conforme a alegação apresentada, o assassinato do jornalista Romário da Silva Barros foi perpetrado por motivo repulsivo, devido à amplamente reconhecida atividade de jornalismo investigativo desempenhada pela vítima no âmbito da cidade de Maricá.
O crime também foi praticado empregando meios que dificultaram sobremaneira a defesa da vítima, visto que os acusados Rodrigo e Davi estavam vigilantes, aguardando furtivamente o retorno de Romário de sua caminhada. Nesse instante, o infortúnio se abateu sobre a vítima através de disparos de arma de fogo, aniquilando qualquer chance de reação.
O homicídio de Sidnei da Silva foi motivado por represália, devido a um desentendimento ocorrido em um espaço público poucos dias antes da tragédia, entre a vítima e sua ex-cunhada, esposa de Rodrigo, o acusado. Já a morte de Thiago André Marins de Marins foi instigada por uma persistente contenda de natureza familiar e financeira, que perdurava entre a vítima e sua ex-companheira, Vanessa da Matta Andrade, que agora figura como apontada mandante do crime. O assassinato de Ismael Breve de Marins, por sua vez, se configurou como um ato de eliminação de evidências imediatas, uma vez que ele testemunhou o homicídio de seu filho Thiago.