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Presos dois envolvidos nas mortes de jornalista, vereador e filho de político em Maricá

Romário da Silva Barros era fundador do portal lei Seca de Maricá — Foto: Reprodução

Duas pessoas acusadas de envolvimento nas mortes do jornalista Romário da Silva Barros, do vereador Ismael Breve e de seu filho Thiago André Marins de Marins, foram presas na manhã desta quinta-feira. Os crimes aconteceram há quase 4 anos, em junho e agosto de 2019. A ação é da Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio. Ao todo, três mandados de prisão foram expedidos. Um dos acusados está foragido.

Rodrigo José Barbosa da Silva, suspeito de envolvimento nos três assassinatos, foi preso. Além dele, uma mulher identificada como Vanessa da Matta, conhecida como Vanessa Alicate, também foi detida na ação. Ela é suspeita de participar das mortes do vereador e seu filho. O subtenente reformado Davi de Souza Esteves também é apontado como envolvido no homicídio de Ismael e Thiago. Ele, no entanto, segue foragido.

Rodrigo José Barbosa da Silva, suspeito de envolvimento nos três assassinatos, foi preso — Foto: Reprodução
Rodrigo José Barbosa da Silva, suspeito de envolvimento nos três assassinatos, foi preso — Foto: Reprodução

Segundo as investigações do Gaeco e da DHNSG, Romário da Silva Barros foi assassinado em razão de seu trabalho como jornalista investigativo em Maricá. Os investigadores descobriram que os acusados Rodrigo e Davi monitoraram a vítima, e atacaram Romário quando voltava de sua caminhada. O repórter foi surpreendido, sem possibilidade de reação.

Uma quarta vítima dos suspeitos foi Sidnei da Silva. De acordo com as investigações, ele foi morto por vingança — após uma discussão em via pública, poucos dias antes do crime, entre a vítima e a sua ex-cunhada, esposa do acusado Rodrigo.

Jornalista é assassinado dentro do carro em Maricá

A morte de Thiago, conforme aponta a denúncia, foi morto devido a um conflito familiar e financeiro entre ele e sua ex-companheira, Vanessa, apontada como mandante do crime. Ismael foi executado logo após, como “queima de arquivo”, por presenciar o homicídio do seu filho.

 

Relembre os casos

 

O jornalista Romário da Silva Barros foi assassinado com tiros no rosto e no pescoço, em Maricá, em junho de 2019. Fundador do portal Lei Seca de Maricá, Romário, segundo a viúva, Islay Monnerat, não recebia ameaças de morte.

— O Romário nunca recebeu ameaças. Era muito querido em Maricá. Andava na rua e era abordado por todo mundo. Era famoso na cidade por ser jornalista. Ajudava a todos. As pessoas pediam para fazer selfie com ele. Está sendo o pior momento da minha vida. Perdi o companheiro, meu par. A gente planejava ter um bebê, estava tentando. Não sei o que mais fazer da minha vida. Está uma dor imensurável — disse, à época.

O vereador Ismael Breve — Foto: Reprodução

Romário foi morto após voltar de uma caminhada, no Bairro Araçatiba. Imagens de uma câmera de segurança mostram que, ao entrar em seu carro, o jornalista foi surpreendido por um homem que desceu de um automóvel escuro, estacionado atrás do veículo da vítima.

Thiago Marins, filho do vereador Ismael Breve de Marins — Foto: Reprodução

O vereador Ismael Breve de Marins e seu filho, o advogado Thiago André Marins, foram mortos a tiros dois meses após, em agosto de 2019. Os corpos foram encontrados em casa, na Rua Agrípio Luis da Costa, no bairro Zacarias.

Segundo informações da DHNSG à época, por volta das 3h40, dois bandidos invadiram a residência e foram, primeiro, para o quarto de Thiago. Ismael tentou evitar a morte do advogado e acabou sendo baleado também. Ele morreu no corredor.

Fonte: EXTRA

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