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    Capacitação Aprimora Habilidades Médicas no Diagnóstico de Morte Cerebral”

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    Foto: Divulgação

    Maricá sediou na terça-feira (29/08) uma capacitação especializada em morte cerebral oferecida pela Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro (CET-RJ), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A iniciativa, que reuniu 22 profissionais que atuam em Maricá e em municípios vizinhos, aconteceu na Universidade de Vassouras, no Flamengo, com o objetivo de indicar os critérios e procedimentos que devem ser adotados por médicos para definição da morte cerebral. A formação foi oferecida aos profissionais com, no mínimo, um ano de experiência no atendimento a pacientes em coma, que trabalham em unidades com leitos de ventilação mecânica no estado.

    O curso “Determinação de Morte Encefálica” uniu o compartilhamento de conhecimentos teóricos e momentos de treinamento prático em um laboratório de simulação realística, onde foram retratadas situações do cotidiano médico através de equipamentos e manequins de alta fidelidade que retratam as vivências de um Centro de Terapia Intensiva (CTI). A formação segue a Resolução nº 2.173/2017 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que atualizou os critérios para estabelecer a morte encefálica, incluindo novas especificidades.

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    Foto: Divulgação

    Sandro Montezano, médico da CET-RJ e um dos responsáveis por ministrar a capacitação, pontuou o papel do processo formativo para atender os profissionais da cidade e fortalecer o diagnóstico de mortes cerebrais.

    “A capacitação é obrigatória pela legislação brasileira e essa oferta em Maricá surgiu pela demanda observada na região. Os médicos devem realizar essa formação para atestar a morte encefálica, contando com momentos de imersão teórica e prática. Com isso, fornecemos as ferramentas para esse diagnóstico, o que é crucial para aumentar as notificações de morte cerebral e para que o número de doadores cresça”, reforçou.

    Médicos aprovam a iniciativa

    A médica Alessandra Andrade, diretora técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã, foi uma das participantes. Ela ressaltou o impacto da capacitação para identificar os casos de forma correta, proporcionando também atualização às equipes.

    “Esse curso foi extremamente interessante para poder capacitar a nossa equipe, fazendo o reconhecimento dos pacientes com morte encefálica e oferecendo o atendimento adequado. Isso agregará bastante aos profissionais, dando o direcionamento correto e prosseguindo com esse protocolo”, afirmou.

    Sandra Torres, médica neurologista do Ambulatório de Especialidades Pericles Siqueira Ferreira, destacou o papel da formação para qualificar o dia a dia profissional.

    “É muito importante aprender mais sobre a morte encefálica, diferenciando entre a vida e o falecimento do paciente. Com isso, entendemos os procedimentos que devem ser adotados e como acolher a família. Esse é um estudo importante no município, porque vivenciamos casos desse tipo, por isso ter acesso a mais conhecimentos é muito bom”, garantiu.

    Município realiza captação de órgãos para transplantes

    Em Maricá, é feita a captação de órgãos para transplante de pacientes falecidos nos hospitais municipais Conde Modesto Leal, no Centro, e Dr. Ernesto Che Guevara, em São José do Imbassaí. A iniciativa começou em 2022, quando a cidade passou a integrar o Programa Estadual de Transplantes (PET). Até o momento, já foram realizadas mais de 10 captações desse tipo, incluindo fígados, rins e córneas, que foram destinados a transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    O processo começa quando a equipe de profissionais identifica um quadro clínico com suspeita de morte encefálica, sinalizando à comissão responsável pela área, que realiza a atualização da situação do paciente e faz as primeiras orientações à família, dando início ao acompanhamento.

    Nessas situações, é obrigatório que a morte encefálica seja diagnosticada por dois médicos qualificados, seguindo resolução do CFM. Além disso, esses profissionais precisam ser especialistas em medicina intensiva, neurologia, neurocirurgia ou medicina de emergência. No caso de ausência de algum deles, o diagnóstico pode ser feito por qualquer médico com, no mínimo, um ano de experiência no atendimento a pacientes em coma, que tenha acompanhado ou realizado, pelo menos, dez exames de determinação de morte encefálica ou tenha curso de capacitação nesse âmbito.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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