A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), realizou na sexta-feira (1º) a “Operação Mahyah” com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida no jogo do bicho. Até o momento, foram detidas 11 pessoas, sendo oito alvos de mandados de prisão e três em flagrante.
Os suspeitos enfrentam acusações que variam desde homicídios até corrupção passiva e porte ilegal de arma de fogo. Segundo as investigações, o grupo é liderado por um banqueiro do jogo do bicho.
Na operação, cerca de 100 agentes federais cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão, todos emitidos pela 2ª Vara especializada em organizações criminosas do Rio de Janeiro.
Essas ações ocorreram em diversos municípios do estado do Rio de Janeiro e no Espírito Santo, visando endereços ligados aos membros da organização criminosa que já haviam sido denunciados pelo MPRJ.
A investigação é um desdobramento da Operação Sicários, que foi deflagrada em dezembro de 2022. Ela revelou que três núcleos criminosos, subordinados ao mesmo bicheiro, controlam o monopólio dos jogos de azar e a exploração de bingos clandestinos na Ilha do Governador, Niterói, São Gonçalo e no Espírito Santo.
Para manter sua soberania territorial, a organização criminosa comete uma série de crimes, incluindo homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de armas de fogo.
A Polícia Federal contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Rio e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para cumprir os mandados.
O nome da operação, “Mahyah,” faz referência à origem da palavra “máfia,” que tem raízes no dialeto siciliano, “mafia,” e foi inspirada no termo “mahyah,” que significa audácia em árabe.