A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) emitiu, nesta terça-feira (12), uma nota em resposta ao incidente envolvendo um conjunto de roupas da Riachuelo, que foi comparado nas redes sociais ao uniforme utilizado por judeus durante a Segunda Guerra Mundial nos campos de concentração. No dia anterior (11), a varejista optou por retirar as peças de suas lojas físicas e plataforma online.
Para a Fierj, essa ação “corrige uma falha e transmite uma mensagem positiva ao não trivializar o que aconteceu no Holocausto”. O presidente da Fierj, Alberto David Kleina, ressalta na nota que uma sociedade mais justa e democrática se constrói através do diálogo, e elogia a sensibilidade da Riachuelo em ouvir os consumidores e a população em geral.
A Riachuelo, por sua vez, reconheceu que a escolha do modelo e da paleta de cores foi, de fato, uma infelicidade, reiterando que não houve intenção de fazer alusão a um período histórico marcado por sérias violações aos direitos humanos. A empresa emitiu um pedido de desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas pelo produto.
Nas redes sociais, diversos usuários apontaram a falta de sensibilidade da Riachuelo ao adotar esse padrão para a peça de roupa. Alguns comentários ressaltaram a óbvia referência e expressaram surpresa pelo fato de ninguém ter percebido antes do lançamento.
O Holocausto foi um dos eventos mais trágicos da história, marcado pela perseguição sistemática e o genocídio de seis milhões de judeus europeus pelo regime nazista alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Os nazistas propagaram o antissemitismo como parte central de sua ideologia, culminando na “Solução Final da Questão Judaica”, que resultou no assassinato em massa de judeus em campos de concentração e extermínio, onde eram submetidos a condições desumanas e explorados até a exaustão.