O médico Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, o único sobrevivente do terrível ataque a tiros ocorrido em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, foi transferido para um hospital em São Paulo nesta segunda-feira (9). A informação foi confirmada pelo Hospital Samaritano Barra, onde ele estava internado desde a última quinta-feira (5).
De acordo com o boletim médico, a decisão de transferi-lo para a capital paulista foi um desejo da família do médico. Daniel passou por procedimentos que avaliaram a fixação definitiva do fêmur, que foi operado imediatamente após o ataque, onde foi atingido por 14 tiros. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, ele foi o mais gravemente ferido durante o incidente.
Despedidas:
As famílias das outras vítimas iniciaram as despedidas na sexta-feira (6). Diego, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), foi sepultado no Cemitério Municipal Campal de Presidente Prudente, em São Paulo. O ortopedista Perseu, que deixa dois filhos, foi enterrado na cidade de Ipiaú, interior da Bahia, onde nasceu. O corpo de Marcos foi levado para São Paulo e sepultado no sábado (7).
Investigações em andamento:
A principal linha de investigação da Polícia Civil sugere que um dos médicos pode ter sido confundido com um miliciano envolvido na disputa por territórios. A semelhança física entre o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26 anos, e o ortopedista Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, chamou a atenção dos investigadores da Polícia Civil e Federal. Quatro suspeitos de envolvimento nas execuções foram ‘condenados’ pelo ‘tribunal do tráfico’ 17 horas após o crime.
Entre os suspeitos mortos estão Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, Ryan Nunes de Almeida, também conhecido como Ryan, Thiago Lopes Claro da Silva e Pablo Roberto da Silva dos Reis. Há ainda outros dois traficantes, foragidos, que podem ter relação com os homicídios: Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW, e Bruno Pinto Matias, vulgo Preto Fosco.