Uma barricada em chamas na Vila Cruzeiro — Foto: Instagram/Reprodução
Mil agentes das polícias Militar e Civil fazem uma operação simultânea, na manhã desta segunda-feira, em três comunidades do Rio: o Complexo da Maré e da Vila Cruzeiro, na Zona Norte da capital, e Cidade de Deus, na Zona Oeste. As regiões são controladas pela mesma facção criminosa envolvida nas mortes de três médicos num quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na madrugada da última quinta-feira. Quatro suspeitos foram presos. Um laboratório de refino de drogas e uma fábrica de produção de artefatos explosivos foram estourados.
Dois helicópteros — um da Polícia Civil e outro da PM — foram atingidos por disparos quando sobrevoavam a Vila Cruzeiro, segundo o Bom Dia Rio, e tiveram que fazer pousos de emergência. Não há informações de feridos.
Ele afirmou que “ninguém ficará impune”:
— Não temos predileção por ninguém, todos serão atacados da mesma forma e na mesma intensidade.
De acordo com as primeiras informações, atuam na operação homens dos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Polícia de Choque e da Coordenadoria da Operações Especiais (Core). Sobre as aeronaves atingidas, Torres dizem que elas passam por uma avaliação.
— Nossas aeronaves estão preparadas. Nossa tripulação é extremamente técnica e, seguindo o protocolo, elas são obrigadas a pousar para avaliar o dano causado. Estão sendo avaliadas para saber se voltarão a voar — disse.
O secretário de Polícia Civil afirmou que o diferencial dessas ações que acontecem nesta segunda é o uso de “muita tecnologia”. Os agentes usam drones para fazer o mapeamento das regiões onde as equipes atuam.
— O governador Claudio Castro investiu pesado em tecnologia. Temos, só na Polícia Civil, seis drones voando, temos as câmeras de reconhecimento facial. A diferença dessa operação é o emprego de tecnologia — disse Torres.
O coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário da PM, afirmou que todos os agentes que participam da operação na Maré usam câmeras corporais:
— Todos os agentes empregados no cerco da comunidade da Maré estão usando câmeras corporais. Os drones possuem reconhecimento facial e leitura de placa. Temos imagens das câmeras portáteis e também das aeronaves. Então, tudo isso está interligado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), com transmissão das imagens em tempo real.
As equipes que atuam na operação mobilizam reboques, uma vez que as “concessionárias do tráfico” — um esquema que altera dados de veículos roubados e furtados para que sejam vendidos — também são alvo dos agentes.
Unidades de saúde sem funcionar
Na região do Complexo da Maré, as clínicas da família Jeremias Moraes da Silva, Augusto Boal e Adib Jatene suspenderam o funcionamento na manhã desta segunda-feira.
Já as clínicas da família Rodrigo Y Aguilar Roig, Klebel de Oliveira Rocha e Ana Maria Conceição dos Santos Correia, na região da Vila Cruzeiro, e a CF José Neves, na região da Cidade de Deus, não realizam atividades externas, como visitas domiciliares.
Segundo a Secretaria estadual de Educação, uma escola localizada na Maré suspendeu as atividades.
Fonte: EXTRA