Manifestantes protestam em apoio aos palestinos, em Sydney, Austrália: crise de deslocados com o conflito aumenta drasticamente, segundo a ONU — Foto: David GREY/AFP
Mais de 260 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas na Faixa de Gaza, devido aos pesados bombardeios israelenses por via aérea, terrestre e marítima, informou a ONU.
Os combates intensos deixaram cerca de três mil mortos, contabilizando ambos os lados desde que o Hamas lançou um ataque surpresa no sábado, dia 7, provocando retaliação de Israel.
“Ao todo, 263.934 pessoas em Gaza fugiram de suas casas”, detalhou a OCHA, a agência humanitária da ONU, numa atualização na noite de terça-feira. A agência alertou que o número deverá aumentar.
Ainda segundo a OCHA, cerca de três mil pessoas foram deslocadas “devido a escaladas anteriores” ao sábado.
Mais de 1,2 mil pessoas morreram em Israel no pior ataque da história do país, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, tenente-coronel Jonathan Conricus; enquanto as autoridades de Gaza relataram 900 mortos nos ataques aéreos até o momento.
Israel também relatou cerca de 1.500 combatentes do Hamas mortos em território israelense.
Os bombardeios destruíram mais de mil casas e 560 ficaram inabitáveis devido aos danos, segundo a OCHA, citando autoridades palestinas.
Entre os deslocados, cerca de 175,5 mil pessoas foram alojadas em 88 escolas geridas pela agência da ONU que apoia os refugiados palestinos.
Mais de 14,5 mil foram instalados em 12 escolas públicas, enquanto quase 74 mil estariam com familiares e vizinhos alojados em igrejas e outros locais.
O número de pessoas deslocadas dentro de Gaza “representa o maior número de deslocados desde a escalada de hostilidades de 50 dias em 2014”, disse a OCHA.
Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza, impedindo a entrada de alimentos, água, combustível e eletricidade.
Fonte: EXTRA