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O porta-voz do Ministério da Saúde da Palestina, Ashraf Al-Qudra, informou neste sábado (14) que as forças militares de Israel atacaram pelo menos 15 hospitais e unidades de saúde na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. Al-Qudra também relatou que 23 ambulâncias foram atingidas enquanto profissionais de saúde prestavam assistência às vítimas da ofensiva israelense.
Em um comunicado divulgado hoje, o porta-voz ministerial apelou à comunidade internacional para que adote medidas capazes de persuadir o governo de Israel a não bombardear hospitais e áreas próximas às unidades de saúde.
“A ameaça de bombardear instituições de saúde diante dos olhos do mundo reflete o comportamento criminoso sistemático da ocupação israelita”, declarou Al-Qudra, ao informar que parte das 15 instalações de saúde atingidas já não está em condições de atender às milhares de vítimas do confronto entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Nas redes sociais, a assessoria do Ministério da Saúde da Palestina relatou que pelo menos 10 paramédicos perderam a vida e outros 27 ficaram feridos enquanto trabalhavam para socorrer as vítimas no território palestino desde o início do conflito, há uma semana. A pasta também tem solicitado insistentemente que os cidadãos que puderem procurem um banco de sangue ainda em funcionamento para doar sangue às vítimas do confronto.
Na última quinta-feira (12), o governo de Israel anunciou que agirá para eliminar o movimento Hamas, sem abrir exceções humanitárias no cerco à Faixa de Gaza. A ameaça foi uma resposta ao apelo da organização da Cruz Vermelha, que pediu a Israel que permitisse a entrada de combustível na Faixa de Gaza para evitar que os hospitais sobrecarregados “se tornem necrotérios”.
Ontem, Israel deu um prazo de 24 horas para que os palestinos deixem a região norte da Faixa de Gaza, onde cerca de 1,2 milhão de pessoas residem, e se dirijam para o sul. O comunicado foi feito por meio de panfletos lançados na Faixa de Gaza por aeronaves israelenses. A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que foi informada sobre o aviso israelense para que os palestinos evacuem a região, destacando ser impossível mover tantas pessoas em tão pouco tempo. O prazo para que os palestinos deixem a região norte da Faixa de Gaza terminou recentemente.
*Com informações da Agência Brasil.*