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Aluna de 12 anos denuncia inspetor do Colégio Pedro II por assédio sexual

Entrada do Colégio Pedro II, em Realengo. Foto: Divulgação / Colégio Pedro II

Um inspetor do campus de Realengo do Colégio Pedro II foi denunciado por assédio sexual contra uma aluna de 12 anos. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, em dezembro de 2022, quando a jovem reclamou para a avó sobre a conduta do funcionário. Uma audiência de entrevista no Núcleo de Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes (Nudeca) do Fórum Regional da Taquara, na Zona Oeste, está marcada para o próximo dia 31.

De acordo com a estudante, o homem de 47 anos elogiava seu corpo, a abraçava excessivamente e já teria passado a mão em sua perna. No dia em que a ocorrência foi registrada, a menina relatou desconforto quando o suspeito comentou sobre o uniforme que ela usava. “Nossa, a sua saia está curta, né”, teria dito o inspetor à aluna.

“Desde o primeiro dia de aula, ela me ligava e dizia: ‘Vó, o inspetor daqui fica me abraçando, falando que meu cabelo é bonito e que minhas pernas são grossas’. Ele abusava das crianças, não só da minha neta. Segundo uma funcionária, minha neta não era a primeira, ela já tinha ouvido outros casos de outras crianças, mas os responsáveis não levaram para frente. Ele causou um mal muito grande para o psicológico da minha neta”, disse a avó.

Após o registro do caso, Setor de Orientação Educacional e Pedagógica (Soep) do colégio solicitou explicações ao funcionário, que negou as acusações e afirmou que todas as suas atitudes cumprem as normas estabelecidas pela escola. Em dezembro do ano passado, o inspetor foi suspenso por 60 dias, mas continua atuando no campus de Realengo. Já a jovem trocou de unidade. A família, no entanto, ainda teme que o suspeito possa eventualmente trabalhar no local onde ela está estudando.

“Temos medida protetiva. Ou seja, mesmo com todos os relatos, todas as evidências do que ele fez com ela, que ele tentou colocar a mão nas partes íntimas dela, os relatos de outros casos que os pais não levaram para frente… Para a escola, ele já está absolvido. Eu não concordo com isso, ele tem que ser penalizado, precisa sair do convívio dessas crianças”, desabafou a avó.

Fonte: O Dia.

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