Foto: Mahmud Hams/AFP.
O braço armado do grupo militante palestino Hamas disse nesta segunda-feira (23) que libertou mais duas mulheres civis prisioneiras por motivos de saúde em resposta aos esforços de mediação de Egito e Catar.
Abu Ubaida, porta-voz do braço armado, disse em comunicado no Telegram: “decidimos libertá-las por motivos humanitários e de saúde precária”. Grupo informou ainda que o nome delas era Nurit Yitzhak e Yocheved Lifshitz.
Na sexta-feira (20), o braço armado libertou uma mãe e uma filha norte-americanas, Judith e Natalie Raanan, quase duas semanas depois de homens armados do Hamas terem realizado um ataque sem precedentes em 7 de outubro, matando 1,4 mil pessoas e fazendo mais de 200 reféns.
Autoridades israelenses não comentaram o caso.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar afirmou na sexta-feira que a soltura das reféns ocorreu “após muitos dias de comunicações contínuas” entre todas as partes.
Líder assassinado
Também nesta segunda-feira, o Hamas acusou Israel de matar um importante líder do grupo militante palestino que estava detido em uma cadeia israelense.
Segundo o Hamas, o líder é Omar Daraghmeh, de 58 anos, da cidade de Tubas, no norte da Cisjordânia ocupada por Israel. O grupo descreveu a morte como um “assassinato”.
O Serviço Prisional Israelense informou hoje que um prisioneiro palestino nascido em 1965 tinha morrido após “não se sentir bem e ir à clínica da cadeia para exames”. O órgão não identificou o detento, mas informou que ele era do norte da Cisjordânia.
O serviço disse estar analisando as circunstâncias da morte do prisioneiro. Um porta-voz do órgão não comentou imediatamente a acusação do Hamas de que Daraghmeh foi assassinado.
Ataque
Nesta segunda, Israel atacou pelo ar centenas de alvos na Faixa de Gaza. Soldados israelenses continuam combatendo militantes do Hamas enquanto o número de mortos no território palestino sobe, e civis se veem encurralados em condições terríveis.
O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 436 pessoas morreram em bombardeios nas últimas 24 horas, a maioria no sul do enclave, que é estreito e densamente povoado. Próximo dali, tropas e tanques israelenses se concentram esperando uma possível invasão por terra.
Os militares israelenses dizem ter atingido mais de 320 alvos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, incluindo um túnel que abrigava combatentes do grupo, dezenas de postos de comando e de observação, um morteiro e um lançador de mísseis antitanques.