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    Torcedores envolvidos em briga com morte são proibidos de frequentar estádios

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    No domingo (22), um conflito entre torcidas organizadas do Flamengo e Vasco resultou em uma tragédia na estação de trem de Cosmos, Zona Oeste do Rio. O Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos emitiu uma proibição de seis meses para 11 torcedores envolvidos na briga, impedindo-os de frequentar estádios.

    Reinaldo Baptista da Silva Júnior, de 35 anos, foi baleado e não resistiu, enquanto outros quatro homens ficaram feridos. Ao todo, 20 torcedores foram apresentados ao Posto Avançado do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos no estádio do Maracanã, Zona Norte, por violações à Lei Geral de Esportes e ao Código Penal.

    Os 11 detidos pela Polícia Militar não terão acesso a estádios de futebol durante o período de seis meses. Durante os jogos, serão obrigados a se apresentar à delegacia do bairro onde residem duas horas antes do início da partida, sob pena de desobediência de ordem judicial em caso de descumprimento.

    Os torcedores sujeitos a esta medida são: Cassiano Linhares de Souza, Claudio Luiz Firme da Silva, Hiuri Cunhas Gonçalves, Israel Victor Cabral Silva Souza, Jonas da Silva Athayde, Lucas Goulart da Silva Andrade, Marllon Vinicios da Rocha Garcia, Matheus de Souza Fernandes, Nathan Roder Biglizzi, Tarcisio dos Santos Ferreira da Silva e Tiago da Silva Ribeiro.

    Jhones da Silva foi indiciado por furto e roubo, enquanto Marcelo Martins da Costa foi acusado de injúria racial. Ambos terão que cumprir medidas cautelares, incluindo o afastamento dos estádios. Dois torcedores foram acusados de vender ingressos falsos, sendo que um deles aceitou a transação penal imposta pelo juízo, enquanto o outro comparecerá à audiência de instrução no Juizado. Os demais aceitaram a composição civil na audiência presidida pela juíza Juliana Cardoso Monteiro de Barros, sob a supervisão do desembargador Agostinho Teixeira de Almeida Filho.

    De acordo com familiares, o disparo que vitimou Reinaldo foi efetuado de dentro de um vagão, quando ele estava na plataforma da estação de trem de Cosmos. Inicialmente, a esposa da vítima foi informada de que ele havia sido baleado de raspão no braço por torcedores vascaínos, porém, posteriormente soube-se que o tiro fatal veio de dentro de um vagão.

    O projétil atingiu o tórax, perfurou o coração e saiu pelas costas de Reinaldo. Apesar dos esforços médicos no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, ele não resistiu. A companheira relata que ele frequentava os jogos com regularidade e simpatizava com uma torcida organizada, mas não costumava se envolver em brigas. Neste domingo, a Raça Rubro-Negra, que está sob punição e proibida de entrar nos estádios, publicou uma nota de pesar pela morte de Reinaldo Batista, conhecido como Dinho, integrante da 12ª região (Sapê).

    Segundo a esposa, Reinaldo trabalhava na construção civil, estava entusiasmado para o jogo e era um apaixonado torcedor do Flamengo. Ele deixa a esposa e um filho de 3 anos, que, segundo ela, tem chorado e perguntado pelo pai. Ainda não há informações sobre o sepultamento. Além de Reinaldo, outros quatro torcedores ficaram feridos. Allifh José Ferreira, 30, e Alessandro de Souza, 27, foram baleados, enquanto um terceiro, identificado como Caio, 25 anos, foi esfaqueado. A última vítima não foi identificada.

    Os feridos também foram atendidos no Hospital Municipal Rocha Faria, e segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os quatro já receberam alta hospitalar. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) iniciou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Reinaldo. “Diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime e esclarecer os fatos”, informou a Polícia Civil.

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