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Operação Príncipe do BitCoin: MPRJ e Civil buscam acusados de aplicar golpe finaceiro

Bitcoin, também conhecida como criptomoeda, é um investimento eletrônico. Foto: Reprodução / Pixabay

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil realizaram, nesta quarta-feira (25), em Campos dos Goytacazes, a operação Príncipe do BitCoin, contra uma organização criminosa voltada para a prática de estelionato através de criptomoedas, as chamadas pirâmides financeiras. A ação para cumprir quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão em endereços ligados a cinco acusados de integrar a quadrilha terminou sem detidos, segundo a corporação.

De acordo com o MPRJ, as denúncias apontavam que o grupo agia desde 2016, aplicando o golpe da pirâmide financeira através da aplicação de investimentos. “Por meio da A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, os criminosos fizeram mais de 43 vítimas, com a promessa de retorno altíssimo e fixo para o investimento aplicado”, explicou o órgão.

Um dos alvos da operação era Fabrício Vasconcelos, um pastor evangélico que, segundo o MP, atuava como trader, investindo no mercado financeiro e captando clientes. O Ministério Público informou que o suspeito era bastante conhecido na região de Campos por trocar constantemente de carro e realizar viagens rotineiras, como forma de ostentar riqueza e atrair mais vítimas para o golpe.

Também foram investigados os sócios fundadores da empresa Gilson André Braga dos Santos e Ana Claudia Carvalho Contildes, além dos captadores de clientes Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes.

A ação desta quarta-feira (25) foi realiza pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e pela 134ª Delegacia de Polícia (Campos dos Goytacazes).

Entenda o esquema do grupo

Segundo as investigações, inicialmente a empresa A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli captava os investidores e abria contas para realizar aplicações financeiras. O grupo prometia aos clientes investimento em criptomoedas com retorno financeiro de 15% a 30%.

O grupo, no entanto, utilizava “contas “cópia”, ou seja, uma duplicação que permitia à quadrilha realizar investimentos, incluindo compras e vendas de ativos.

Após o fechamento de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial onde comunicou que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido.

Ainda de acordo com as investigações a quadrilha já criou outra empresa, chamada de Gayky Cursos Ltda para dar continuidade ao golpe.

A justiça determinou o bloqueio online de valores disponíveis nas contas dos denunciados, até o valor de R$ R$ 1.964.815,96 milhões incluindo criptoativos e moedas estrangeiras. O pedido partiu do GAECO/MPRJ, para ressarcir as vítimas.

Fonte: O DIA

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