24.3 C
Maricá
sexta-feira, abril 11, 2025
More
    InícioEconomiaTrabalhadores por aplicativo: somente 35,9% contribuem para Previdência, aponta IBGE

    Trabalhadores por aplicativo: somente 35,9% contribuem para Previdência, aponta IBGE

    Data:

    Últimas Notícias

    Mutirão do Procon de Maricá ajuda moradores a negociar dívidas com a Enel

    Crédito da foto: Elsson Campos. Nesta sexta (11), a Prefeitura...

    Programa ‘Ilumina Já!’ leva mais segurança para ruas de Guaratiba

    A Prefeitura de Maricá segue investindo em iluminação pública...

    Mais de 100 crianças participam de Páscoa especial no CAPSi de Itaboraí

    A manhã desta quinta-feira (10) foi diferente para mais...

    Projeto de Lei reconhece capoeira como profissão no Brasil

    Um Projeto de Lei em tramitação na Câmara dos...

    Caminhada do Autismo toma as ruas de Itaboraí neste sábado

    Neste sábado, 12 de abril, Itaboraí será palco da...
    Aos 21 anos, Gabriel Sena trabalha desde 2020 como entregador de aplicativo — Foto: Guito Moreto/Agência O Globo

    Com jornadas semanais mais extensas e um rendimento por hora trabalhada menor do que o dos demais trabalhadores, quem tem alguma plataforma digital como principal fonte de renda enfrenta ainda um cenário de falta de seguridade social.

    Somente 35,7% dos profissionais que prestam serviços por aplicativo contribuem para a Previdência Social, patamar bem abaixo dos 61,3% registrado entre os demais trabalhadores brasileiros, formais e informais, do setor privado.

    Os dados são de um levantamento inédito da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do IBGE, numa cooperação com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), divulgado nesta quarta-feira (dia 25).

    O estudo calculou que o país tem 2,1 milhões de trabalhadores atuando em plataformas digitais. Desse total, 1,5 milhão – ou 71% – são aqueles que prestam serviços por aplicativo, principalmente como motoristas de passageiros ou entregadores de comida e produtos.

    Mas esse grupo inclui também profissionais como tradutores e de TI e trabalhadores como encanadores, diaristas, pedreiros e qualquer um que ofereça seus serviços via plataformas.

    Outros 628 mil atuam em plataformas de comércio eletrônico.

    Retrato do trabalho por aplicativo em números — Foto: Editoria de arte
    Retrato do trabalho por aplicativo em números — Foto: Editoria de arte

    Aos 21 anos, Gabriel Sena começou a trabalhar como entregador em 2020. De lá para cá, ele sofreu um acidente de bicicleta, o que o obrigou a ficar oito dias em casa. Sem trabalhar, ele e a namorada, que moram juntos, ficaram sem renda, e tiveram que recorrer ao dinheiro que tinham guardado para conseguir pagar as contas. O episódio fez o jovem pensar na falta da contribuição ao INSS:

    — Tenho essa preocupação, porque se acontecer alguma coisa e eu tiver que ficar parado, não tenho direito a nada. Eu sou entregador de uma OL (operação logística, que são intermediárias das plataformas e pelas quais os entregadores trabalham com horários e rotas definidas para determinadas empresas). Tenho que cumprir horário para essas empresas, elas controlam a gente, mas se eu cair e me machucar, eles não pagam nada — conta.

    Comparações entre jornadas — Foto: Editoria de arte
    Comparações entre jornadas — Foto: Editoria de arte

    Assim como Gabriel, a maior parte dos entregadores que dependem das plataformas não tem proteção social. Só 22,3% dos que trabalham por aplicativo para realizar entregas contribuem ao INSS.

    Além de não ter a garantia de uma aposentadoria na velhice, esses trabalhadores ficam vulneráveis em caso de acidentes (ou seja, não têm auxílio-doença) ou podem deixar suas famílias em dificuldades se sofrerem uma morte prematura. Se forem mulheres, não têm direito a salário-maternidade se engravidarem.

    Entre os que fazem entrega fora das plataformas, o percentual de contribuição para o INSS é significativamente maior: 39,8%.

    No caso dos motoristas em transporte de passageiros, só 23,6% dos que atuam nos apps contribuem para a Previdência Social. Entre os que trabalham fora dessas plataformas, o percentual sobe a 43,9%.

    Mayra Castro, estagiária, sob supervisão de Danielle Nogueira

    Fonte: EXTRA

    spot_imgspot_img

    Institucional

    spot_img

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui