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    Negócios da milícia: de postos de combustíveis a farmácias, Zinho controla comércio na Zona Oeste do Rio

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    Estabelecimento alvo de operação da Polícia Civil — Foto: Reprodução

    Luís Antônio Braga, o Zinho, chefe da maior milícia do Rio, também é o executivo de uma organização que controla de postos de gasolina a farmácias. O empresário Cléber Oliveira da Silva, dono de postos e lojas de conveniência no Rio e em Minas Gerais, é acusado de usar seus negócios para emitir notas falsas e, assim, movimentar o dinheiro da milícia de Zinho. Em junho passado, Silva foi preso num condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Ao todo, um montante de R$ 95 milhões foi bloqueado.

    Além de gasolina, a milícia vende remédios. Em 2020, após uma denúncia feita por fiscais do Conselho Regional de Farmácia — que relataram até terem sido rendidos durante trabalhos na Zona Oeste — a polícia fez uma operação para fechar oito farmácias irregulares controladas pelo grupo. Milhares de medicamentos de uso controlado foram apreendidos.

    No passado, Zinho se apresentava como empresário, enquanto um de seus irmãos, Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, ascendia na hierarquia do grupo. E investigações da época apontaram que ele montou uma empresa de terraplanagem que eliminou a concorrência — às vezes com mortes como método — e instaurou a lógica da extorsão para monopolizar o mercado em áreas como Santa Cruz, Itaguaí e Seropédica.

    Investigações da época apontaram que ele montou uma empresa de terraplanagem que eliminou a concorrência — às vezes com mortes como método — e instaurou a lógica da extorsão para monopolizar o mercado em áreas como Santa Cruz, Itaguaí e Seropédica. Ele acabou absolvido do processo então instaurado. Ficou a imagem que ele “vendia”.

    — Ele sempre se colocou como alguém de fora da organização, com uma visão de negócios. Inicialmente não aparecia com armas, nada disso — conta o delegado Thiago Neves Bezerra, ex-titular da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco).

    Já a quadrilha que era comandada pelo agora rival de Zinho, Danilo Dias Lima, o Tandera, lavou dinheiro até com criptomoedas. Investigação do Ministério Público mostrou que seu braço direito, Marcelo Morais dos Santos, o Grande, movimentou R$ 168,3 milhões entre setembro de 2022 e março deste ano através da empresa Tradingpfx Ecommerce Ltda e de um operador financeiro.

    Fonte: EXTRA

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