Um PM ao lado do carro em que os baleados estavam — Foto: Reprodução
Duas pessoas ficaram feridas durante uma abordagem policial ocorrida na noite desta quarta-feira, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. O carro em que elas estavam teria sido confundido com o de assaltantes. Em nota, a Polícia Militar afirmou que as circunstâncias da abordagem estão sendo apuradas.
Nívea Ághata Fernandes, de 24 anos, dirigia um Ônix prata pela Rua São Luiz Gonzaga. O primo dela, João Vítor de Oliveira Andrade, de 22 anos, estava no banco de trás, e a esposa dele, Yasmim do Santos, de 18, estava no carona. O veículo passou por viaturas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Barreira do Vasco e do 4º BPM (São Cristóvão).
João foi atingido de raspão numa das pernas e foi levado para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro. Já Nívea Ághata teria sido atingida por quatro tiros e estaria em estado grave no Hospital Quinta D’Or.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que “o 1° Comando de Policiamento de Área (1° CPA) apura as circunstâncias da abordagem policial realizada na noite de quarta-feira (25/10), por agentes da Unidade de Polícia Pacificadora Barreira do Vasco (UPP/Bareira) com apoio do 4° BPM (São Cristóvão)”.
“Um procedimento apuratório foi instaurado para averiguar a conduta dos agentes envolvidos na ação e a Corregedoria da Corporação acompanha os trâmites do caso. Cabe informar que a Corporação colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil”, continua o comunicado.
A PM informou ainda que “os agentes que participaram da ocorrência serão matriculados de forma compulsória no Programa Integrado de Capacitação Profissional (PICP), destinado a aprimorar o treinamento de policiais militares”.
E encerrou: “Ressaltamos que o procedimento ensinado em todas as escolas de formação é que seja montado um cerco, por meio do acionamento de viaturas, para que os policiais possam interceptar o veículo em fuga e realizar a abordagem policial. O princípio da abordagem visa a aproximação cautelosa até o contato com o cidadão. A utilização do armamento é sempre o último recurso, necessário diante do perigo iminente contra a vida do policial”.
Fonte: EXTRA