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    Buscas por autor de tiroteio nos EUA entram no segundo dia; polícia tenta encontrar motivação

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    Policias seguem na busca de autor de atentando que matou 18 pessoas em Maine, nos EUA. Foto: Joseph Prezioso / AFP

    A polícia iniciou nesta sexta-feira, 27, o segundo dia de buscas pelo suspeito de realizar um tiroteio com 18 mortes e diversos feridos na cidade de Lewiston, em Maine, nos EUA, na noite de quarta-feira, 25. Com um fuzil, ele teria invadido diversos estabelecimentos e “atirando em todo mundo” de acordo com testemunhas.

    Como o suspeito é natural dos estado, as autoridades revistaram várias propriedades em busca dele enquanto mantém bloqueio dentro e ao redor da cidade. A Guarda Costeira, o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE), a patrulha de fronteira e o FBI fazem parte da busca que se estende a Nova York e ao Canadá.

    Em entrevista a ABC News, a polícia contou ter interrogado a irmã do atirador. Ela disse aos investigadores que o suspeito pode estar a procura por uma ex-namorada nos locais dos tiroteios.

    Durante as investigações, as forças policias ainda chegaram a invadir uma casa em Bowdoin, local de nascimento do suspeito, na quinta-feira, 26. Apesar de não o encontrávem no imóvel, uma autoridade dos EUA contou à CBS News que acharam um bilhete dentro de casa, mas não revelaram qual o conteúdo. A polícia continua procurando pela motivação do atentando.

    Reservista do Exército

    Diferentemente do informado no primeiro dia de buscas, o suspeito não é instrutor de tiro do Exército dos EUA, mas reservista desde dezembro de 2002. De acordo com os militares, a posição atual dele é de sargento de primeira classe e trabalha como especialista em abastecimento de petróleo. Ele não tem treinamento de combate militar.

    Um funcionário do Departamento de Defesa dos EUA confirmou à ABC News que o atirador estava “se comportando de maneira estranha” quando foi destado para apoiar o treinamento de verão para cadetes, no Centro de Treinamento Camp Smith, junto a Unidade de Reserva do Exército.

    Ele supostamente ameaçou outros soldados com violência e foi “orientado pelo comando” procurar avaliação no hospital, de acordo com fonteos da CBC News. A situação foi reportada a guarnição em 17 de julho.

    “Embora sua unidade apoiasse o treinamento de verão em West Point, nossos registros indicam que ele não instruiu nem teve qualquer interação com cadetes durante o treinamento”, disse um oficial a rede canandense.

    Recentemente, o suspeito revelou ter problemas de saúde mental como experiências de alucinações auditivas. Inclusive com epísódios de ouvir vozes e ameçar atirar na Base da Guarda Nacional em Saco, cidade de Maine. Ele também foi internado em um centro de saúde mental por duas semanas em 2023. De acordo com o jornal The Independent.

    Ele também teria “interagido com conteúdo conspiratório” online, segundo informações da polícia. Os tópicos com os quais estava envolvido incluíram: preocupações sobre uma crise financeira/mercado de ações, questões LGBTQ+, direitos de armas e comentários sobre funcionários públicos democratas, incluindo o presidente Joe Biden.

    Múltiplos alvos

    A polícia e as equipes de resgate chegaram à pista de boliche Sparetime Recreation por volta das 19h15 locais, em resposta a um atirador ativo, e receberam informações posteriores sobre outro ataque a tiros, no estabelecimento Schemengees Bar & Grille, segundo o Sun Journal. Às 20h15, chegou a notícia de um novo ataque, em um centro de distribuição local do Walmart.

    A governadora do estado do Maine, Janet Mills, disse que o suspeito está “armado e [é] perigoso, e a polícia adverte à população do Maine que não se aproxime dele sob nenhuma hipótese”.

    “Esse ataque atinge o coração do que somos e dos valores que apreciamos”, acrescentou Mills em entrevista coletiva. “É um dia obscuro para o Maine”.

    Este último massacre, um dos mais letais no país desde o registrado em Las Vegas, em 2017, entra para uma longa lista de ataques a tiros que abalam com frequência os Estados Unidos, país onde o acesso às armas é facilitado.

    Fonte: O DIA

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