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    Caso Jeff Machado: confira como foi a primeira audiência dos acusados de matar ator

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    Maria das Dores Machado, mãe de Jeff Machado, momentos antes da primeira audiência. Foto:  Cleber Mendes/Agência O Dia

    A Justiça do Rio começou a ouvir nesta sexta-feira (27) as testemunhas de acusação do processo sobre a morte do ator Jefferson Machado, ocorrida no último dia 23 de janeiro. Na audiência, foram ouvidas o inspetor da Delegacia de Descoberta de Paradeiros da Polícia Civil Igor Rodrigues Bello, a mãe e o irmão do ator, Maria das Dores Estevam e Diego Machado Costa, respectivamente. Os réus são o produtor Bruno de Souza Rodrigues, que responde por oito crimes, e o garoto de programa Jeander Vinicius da Silva Braga, acusado de três.

    Segundo informações da assessoria do TJRJ, em razão da quantidade de testemunhas convocadas para prestar depoimento, a 1ª Vara Criminal da Capital, marcou para o 11 de dezembro, a partir das 13h, a continuação da audiência.

    O primeiro a depor foi o inspetor Igor Bello, responsável pelas investigações que resultaram na prisão dos réus. O inspetor disse ter certeza de que o crime foi premeditado.

    Em seu depoimento, que durou cerca de quatro horas, o policial contou todas as etapas da investigação, que começou como um caso de desaparecimento. Em sua fala, o policial disse que um taxi dog foi contratado por Jeff Machado – que já estava morto na época – para levar os oito cachorros do ator a um centro de umbanda desativado. No entanto, quem apareceu para acompanhá-lo no transporte dos cães foi Bruno.

    O taxista procurou espontaneamente a polícia e depôs, após ver postagens nas redes sociais sobre cachorros da mesma raça que estavam perambulando pela Zona Oeste do Rio. A investigação concluiu que Bruno se passou por Jeff não apenas nessa, mas em diversas ocasiões após o crime.

    Mãe de Jeff Machado, Maria das Dores Machado, e o advogado da família, Jairo Magalhães. Foto: Cléber Mendes/Agência O Dia

    No final de 2022, Bruno começou a visitar revendedores de veículos na Zona Oeste, dizendo que levaria o carro de um amigo para vender. Ele teria voltado após a morte de Jeff, porém não conseguiu fechar o negócio, já que possuía as chaves, mas não localizou os documentos do veículo. A compra da casa onde o corpo de Jeff foi encontrado, realizada meses antes do crime, também levantou suspeitas. Os réus fizeram uma obra na residência, levantando um muro, ocasião em que teriam feito também o buraco onde enterraram o baú contendo o corpo.

    Durante toda a investigação, Bruno manteve a história, tanto para a família do ator quanto para a polícia, de que Jeff havia conseguido uma chance de trabalho em São Paulo, e por isso deixara sua casa, seu carro para que ele os vendesse e seus cachorros para que ele tomasse conta.

    A mãe do ator, Maria das Dores, foi a segunda a prestar depoimento, sem a presença dos réus. Ela contou que falava diariamente com o filho, e desconfiou de que algo estava errado, quando começou a receber mensagens incomuns da vítima, após o dia 23 de janeiro, data do crime. “Percebi que as mensagens não eram do meu filho, pois ele escrevia muito bem e as expressões postadas nas mensagens eram com termos que meu filho não usava”, disse a mulher.

    Maria das Dores também falou das transferências de dinheiro que fez a pedido do filho, que explicou que seriam destinadas ao Bruno que o estava ajudando a conseguir encaixa-lo no elenco de uma novela na TV Globo. Ao final do seu depoimento ela fez um desabafo contra o acusado Breno:

    “Eu quero que ele diga a verdade para mim, na minha cara! É o mínimo que ele pode fazer. É contar a verdade. Por que matou o Jefferson? Eu preciso disso para limpar a minha alma. Eu sei que vou escutar isso desse monstro!”.

    Diego Costa, irmão do ator, também desconfiou das mensagens. Ele enviou uma mensagem ao celular de Jeff, afirmando que se ele não ligasse, entraria em contato com a polícia.

    “Imediatamente, após essa mensagem, o Bruno, com quem eu nunca tinha falado, me ligou. Disse que meu irmão tinha viajado para São Paulo e que não tinha dado mais notícias. Daí, já achando estranho, eu combinei com o Bruno de vir ao Rio e combinei de encontra-lo para irmos à casa do meu irmão”, revelou.

    Diego contou, também, que, ao chegar na casa do irmão, achou estranho a forma como Bruno se referia ao irmão, sempre utilizando o tempo verbal no passado, como se ele já não estivesse mais vivo.

    “Além disso, encontrei a casa toda revirada, senti falta de alguns pertences do meu irmão, como notebook, celular, TV, e me pareceu muito claro que o Jefferson não tinha viajado para São Paulo, como o Bruno informou. As malas, toalha, escova de dentes do meu irmão estavam na casa, demonstrando que alguma coisa tinha acontecido”.

    Fonte: O DIA

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    Paulo Celestino
    Paulo Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfico, cinegrafista, jornalista e produtor audiovisual. Quando uma notícia é verdadeira, essa informação é divulgada por diversos meios de comunicação, pois se é de interesse público, é deve da imprensa divulgá-la. [email protected]

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