Suposto crime de importunação sexual teria acontecido na escola Dom Pedro I, no Nordeste de Amaralina. Foto: Arisson Marinho/CORREIO
Pais de alunos da escola particular Dom Pedro I e da creche Aprendendo com Jesus, que funciona no mesmo local, estão assustados depois que um professor de capoeira foi preso em flagrante suspeito de importunação sexual. Eles ficaram sabendo do ocorrido em grupo de mensagens e temem pela segurança das crianças e adolescentes.
“Eu estou muito abismada. O coração chega está doendo porque eu morro de medo dessas coisas”, diz Ana Paula Neves, mãe de uma aluna da creche. Apesar de alguns pais terem sido comunicados sobre o ocorrido, Ana Paula não estava sabendo da prisão do suspeito quando foi buscar a filha de 4 anos no final da manhã de quinta-feira (26). “Ontem eu ouvi um burburinho sobre isso, mas não tinha ideia que tinha sido aqui na escola”, afirma.
Outros pais, no entanto, disseram que ficaram sabendo da prisão de Givanildo Neves Conceição, conhecido como Gil Mestre Solidão, através de grupos de mensagens. “Eu fiquei bem assustada quando soube, mas a coordenadora mandou um áudio dizendo que ele não era professor e que havia sido preso, isso tranquilizou um pouco, mas dá muito medo”, diz Aline Lima, mãe de uma aluna.
Segundo o pai de um aluno de 5 anos que preferiu não se identificar, o suspeito mora no Nordeste de Amaralina e é conhecido no bairro. “Ele joga na posição de goleiro nos babas do bairro, além de ser professor de capoeira”, fala.
Mestre Gil Solidão fingiu que era professor para adentrar na unidade na quarta-feira (25). Dois dias antes, ele tinha participado de uma atividade da escola, mas não houve relatos de violência.
Simone Moutinho, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), conta que ele tocou no corpo de oito alunas entre 11 e 15 anos. Givanildo foi preso em flagrante e aguarda audiência de custódia. A polícia pediu a prisão preventiva do suspeito que não tinha passagens pela polícia até então.
Em nota, a Escola Dom Pedro I reforçou que o homem não é professor da unidade e disse colaborar com as investigações “Assim, fica claro que Gil Mestre Solidão assume que adentrou na unidade nesta quarta-feira sem autorização, se valendo de justificativa falsa e mentirosa, e da boa-fé dos porteiros da unidade, que o conheciam como o professor convidado que teve acesso à escola, na segunda-feira”, pontua.
Fonte: Correio 24Horas
