Colombianos votam em eleições locais neste domingo (29). Foto: Reprodução
Uma mulher morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas, depois que um grupo de manifestantes pôs fogo, neste sábado (28), a um centro da autoridade que organiza as eleições locais de domingo na Colômbia, informaram as autoridades.
Em um boletim, a Defensoria do Povo denunciou “a morte de uma mulher devido a um incêndio que teria sido causado por uma multidão nas instalações do Centro de Registro de Gamarra, (departamento de) Cesar”, norte do país.
Vídeos difundidos nas redes sociais mostram mesas de escritório da instituição destruídas, as janelas quebradas, enquanto dezenas de manifestantes gritam nos arredores. Um grupo de policiais tenta contê-los. Um incêndio tem início do lado de dentro do prédio e os policiais correm.
O ministro do Interior, Luis Fernando Velasco, qualificou o ataque de tumulto político visando as eleições locais de 29 de outubro, nas quais serão eleitos prefeitos, governadores e deputados regionais.
“Aparentemente, um grupo de cidadãos protestava porque seu candidato teria perdido o aval em 16 de outubro no Conselho Nacional Eleitoral, dirigiram-se ao Centro de Registro para fazer um protesto, que acabou resultando em uma violência inusitada”, disse o ministro.
“Criminosos atiraram gasolina no Registro Central, que era protegido pela polícia, e depois atearam fogo”, acrescentou. O ataque deixou duas funcionárias da instituição e dois policiais feridos.
“Com todo o respeito que merece o Conselho Nacional Eleitoral, não se pode inabilitar candidatos na véspera das eleições. Isso é incentivar a violência e incendiar o país. Já tem uma pessoa morta em Gamarra, Cesar”, queixou-se o presidente Gustavo Petro.
A violência eleitoral na Colômbia disparou na reta final das campanhas às eleições locais, com um aumento das ameaças, extorsões, homicídios e deslocamentos forçados, segundo a Defensoria do Povo.
As agressões passaram de seis em janeiro para cem em setembro, em meio ao recrudescimento da violência após a assinatura do acordo de paz com a extinta guerrilha das Farc, em 2016.
Fonte: O DIA