Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O DIA.
O governo federal está prestes a anunciar novas medidas de segurança pública para o Rio de Janeiro em resposta à recente crise na cidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que a situação não é apenas responsabilidade dos governos locais, mas um problema que afeta todo o Brasil. Ministros importantes, como Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio Monteiro (Defesa), estão programados para se reunir e discutir estratégias de combate ao crime organizado, sinalizando a necessidade de uma abordagem conjunta e baseada em inteligência.
O encontro ministerial, que ocorre após o ataque a 35 ônibus na Zona Oeste, também destaca a importância de fortalecer a segurança nas fronteiras terrestres, portos e aeroportos. O ministro da Justiça, Flávio Dino, indicou um possível aumento de investimento em tecnologia para a segurança pública, enfatizando que a violência no Rio de Janeiro demanda ações de inteligência, modernização e desarticulação das organizações criminosas. Até o momento, 545 agentes, incluindo 240 da Polícia Rodoviária Federal e 305 da Força Nacional, foram alocados para reforçar o policiamento nas rodovias federais do Estado, com um investimento adicional de R$ 247 milhões e 50 viaturas da Força Nacional.
Os recentes ataques na Zona Oeste da cidade marcaram um triste recorde, com o maior número de ônibus incendiados em um único dia na história do Rio, deixando mais de 2,5 milhões de passageiros e cerca de 2 mil usuários do BRT prejudicados. Esses atos foram perpetrados por milicianos em retaliação à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como ‘Faustão’, que desempenhava um papel crucial na ligação entre a milícia e o tráfico de drogas. Pneus também foram queimados, criando barricadas para impedir a ação das forças de segurança locais.