Telmário Mota foi capturado em Nerópolis-GO. Foto: Reprodução
O ex-senador de Roraima, Telmário Mota, foi preso na noite desta segunda-feira (30) em Nerópolis-GO. Ele é acusado de matar a mãe de sua filha, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos.
A prisão do político aconteceu após uma troca de informações entre as polícias civis de Roraima e Goiás, além da participação da Polícia Militar de Goiás. Harrison Nei Correa Mota, sobrinho do ex-senador, apontado como responsável pelo planejamento e logística do crime, e Leandro Luz da Conceição, que seria o executor, também são procurados pela polícia também têm mandados de prisão expedidos pela Justiça.
De acordo com a Polícia Civil de Roraima, Antônia foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro, no bairro Senador Hélio Campos, na Zona Oeste de Boa Vista, por dois homens em uma moto. Ela foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.
Duas pessoas próximas a Telmário o colocaram no centro das suspeitas da Delegacia Geral de Homicídios. Uma assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. Os investigadores também descobriram que a moto foi comprada pelo sobrinho do ex-senador.
Além das prisões, a Justiça de Roraima autorizou buscas em sete endereços ligados aos investigados em Boa Vista-RR, Caracaraí-RR e Brasília-DF. A assessora não teve um mandado de prisão expedido nesta etapa, mas deve cumprir medidas cautelares, como a proibição de contato com os investigados.
Abuso contra a própria filha e possível motivação
A jovem de 17 anos acusou Telmário de estupro no ano passado. Segundo o relato da adolescente, ela combinou um passeio com o pai no Dia dos Pais e estranhou quando o ex-senador sugeriu levá-la à noite para um lago, a princípio, e depois propôs que eles fossem “beber”.
Ela afirma que o parlamentar estava “claramente bêbado” quando chegou para buscá-la. No carro, segundo ela, ele começou a tentar tirar sua roupa e a tocá-la.
Antônia ficou ao lado da filha na denúncia. Quando o caso veio a público, ele negou as acusações e disse ser vítima de perseguição de adversários políticos. O assassinato aconteceu três dias antes de uma audiência sobre o caso.
Telmário Mota ocupou uma cadeira no Senado entre 2015 e 2022. A reportagem tentou contato com o acusado, mas não obteve resposta.
Com informações do Estadão Conteúdo.
Fonte: O DIA