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    Ao menos oito motoristas de aplicativos foram encontrados mortos no Rio este ano

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    José Veras, Gilderson da Silva Alves e Leones de Oliveira Rodrigues estão entre as vítimas. Foto: Reprodução

    Nesta quarta-feira, José Deuzimar Rodrigues Veras, de 68 anos, foi encontrado morto no porta-malas do próprio carro em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio. Ele estava desaparecido desde a manhã desta terça-feira. Segundo a filha Camila Veras, de 29 anos, o idoso trabalhava como motorista de aplicativo há cinco anos e fugia de qualquer confusão. A morte de Veras não é um caso isolado. Ao menos sete outros motoristas foram mortos no estado do Rio só este ano. Em quase todos os casos, as vítimas foram encontradas no próprio veículo.

    Na madrugada do dia 23 de setembro, Renan Martins Sodré, de 34 anos, foi encontrado morto na Favela do Caramujo, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. A suspeita é de que estava na região fazendo uma corrida e teria sido abordado por traficantes, se assustado, e dado ré com o carro. Com a fuga, os criminosos teriam atiraram contra o veículo e balado Sodré. Policiais militares do 12°BPM (Niterói) foram acionados, mas encontraram Sodré já sem vida em um Fiat Cronos branco.

    Em julho, o motorista Gilson Francisco de Castro Júnior, de 48 anos, foi encontrado morto dentro de seu carro. O veículo estava estacionado na Rua Doutor Bernardino, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia Militar, ele tinha marcas de tiros pelo corpo. Na época, o sogro de GIlson, José Wellington Gonzalez, disse que ele poderia ter sido morto por criminosos da região:

    — O que soubemos é que havia uma blitz de criminosos. O Gilson era muito medroso, então deve ter dado ré e bateu com o carro, e aproveitaram para atirar contra ele. Mas é tudo suposição.

    O motorista de aplicativo Lucas Roberto Oliveira de Souza, de 27 anos, foi encontrado morto no fim de julho. Ele saiu de Cosmos, na Zona Oeste do Rio, para buscar a esposa, Fabiana Lima, na casa dos pais. No entanto, nunca apareceu. Ao tentar contato, a família desconfiou da linguagem usada na mensagem e a foto no aplicativo WhatsApp dele havia sido trocada. A família não divulgou o local onde ele foi encontrado.

    No mês anterior, ao menos outros dois motoristas de aplicativos foram mortos no Rio. Leones de Oliveira Rodrigues, de 30 anos, foi encontrado, em 26 de junho, morto dentro do carro que dirigia, na rua em que morava, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. A vítima estava com as mãos amarradas e tinha uma marca de tiro na parte de trás da cabeça.

    Leandro da Silva Ribeiro, de 41 anos, também foi encontrado morto numa situação similar. Ele foi encontrado, em 22 de junho, sem vida dentro de seu carro, que estava no Caju, na Zona Portuária. O veículo, segundo a Polícia Militar, estava com diversas marcas de tiros.

    No início de março, o corpo do motorista de aplicativo Edenilson Bernardo Pereira de Souza, de 68 anos, desaparecido desde novembro do ano passado, foi encontrado pela polícia em uma região de mata, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.

    Segundo a família, ele havia saído de casa no bairro Santa Rosa, em Niterói, por volta de 6h para trabalhar, como de costume, e não foi mais visto. De acordo com parentes, o motorista, que dirigia um Nissan Versa prata sem insulfilme, havia aceitado uma corrida em São Gonçalo, no bairro Vista Alegre, quando desapareceu.

    No dia 21 de março, Gilderson da Silva Alves, de 37 anos, foi encontrado morto na Estrada Velha de Santa Rita, em Cobrex, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele era motorista da Viação Jabour e usava o carro onde foi assassinado para trabalhar como motorista de aplicativo nas horas vagas. Na época, testemunhas contaram que o motorista havia saído de casa para ir para a empresa onde trabalhava.

    Fonte: EXTRA

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