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Bebê sequestrado de maternidade passa primeira noite em casa: ‘Estamos recuperando as forças’, diz avô

O pequeno Ravi passou a primeira noite em sua casa, ao lado dos pais, Nívea e Matheus. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O menino Ravi, recém-nascido que foi sequestrado de um hospital no Rio, passou sua primeira noite em casa. Após o susto que passou nas primeiras 24 horas de vida do bebê, a família afirma que estão todos “mais tranquilos e recuperando as forças”. Ravi recebeu alta da unidade de saúde no início da tarde de quinta-feira, pouco mais de um dia após ser levado da Maternidade municipal Maria Amelia Buarque de Hollanda, no Centro. A audiência de custódia de Cauane Malaquias da Costa, presa suspeita de subtrair a criança, será nesta sexta-feira.

— Ontem, chegamos bem e com segurança. Essa noite estivemos na companhia da Nívea (mãe) e Matheus (pai). Eles descansaram, o Ravi se alimentou bem, e estão todos mais tranquilos e recuperando as forças após esse susto — contou o avô Davi Figueira, na manhã desta sexta-feira.

A preocupação maior no momento, segundo o tio do menino, Marcus Vinicius, é com Nívea Maria Rabelo, a mãe da criança. Parentes relatam que o sumiço do filho, na madrugada de terça-feira, a deixou desesperada e que os traumas sofridos a deixaram mais reclusa.

Ravi, nos braços da mãe: é hora de ir para casa — Foto: Domingos Peixoto
Ravi, nos braços da mãe: é hora de ir para casa — Foto: Domingos Peixoto

 

‘Alívio’, diz pai na saída do hospital

Matheus e Nívea deixaram a maternidade no início da tarde desta quinta-feira. Eles estavam acompanhados do avô paterno da criança, do tio materno e também do sobrinho, Théo. O sentimento era de alívio:

— Toda honra e toda glória seja dada ao Senhor. Graças a Deus. Alívio, alívio. Isso é um milagre. Todos vocês são testemunhas desse milagre que aconteceu com o meu filho. Vale a pena ser fiel a Cristo. Não via a hora, que alegria. Agradeço a todos que se mobilizaram, mandaram uma mensagem, divulgaram. A partir de agora é ficar com o meu filho em casa, raciocinar e cuidar da saúde da minha esposa — disse o pai de Ravi, enquanto comemorava a saída do hospital.

Enquanto aguardava a saída do neto, o avô da criança, Davi Figueira, falava dos momentos de apreensão com o sumiço do neto e do alívio de tê-lo de volta:

— Com certeza foram momentos de grande terror psicológicos para a gente. Por mais que existisse uma confiança de que o Ravi voltaria aos nossos braços, imaginei, várias vezes, que o meu neto poderia já estar a caminho de uma rota de saída do estado ou até mesmo do país. Imaginei que a gente poderia não vê-lo nunca mais. Assim como existem vários, milhares, de casos assim — lamentou o avô da criança.

— Graças a Deus, Deus foi generoso, nos ajudou. A equipe toda da polícia, a mídia, enfim, isso teve uma força muito grande que nos ajudou e favoreceu. A gente pensou que nunca mais veríamos o nosso pequeno Ravi, mas graças a Deus ele tá de volta — completou, emocionado.

Ravi é o primeiro neto de Davi. Segundo ele, durante as horas de angústia sem saber se a criança voltaria para a família, a “alegria e tristeza caminharam de mãos dadas” para todos:

— Foi um momento de altos e baixos. Fui de zero a cem em milésimos de segundos. Até brinquei, falei que alegria e tristeza caminharam de mãos dadas. A gente recebeu a grande notícia do nascimento dele e, logo após, a notícia desesperadora de que ele tinha desaparecido.

 

‘Falha na segurança’

A família do pequeno Ravi, apesar do alívio de tê-lo de volta, critica a falha de segurança do hospital, que permitiu que a suspeita sequestrasse a criança. Segundo a polícia, Cauane ficou transitando na maternidade com três bolsas — em uma delas, a mulher colocou Ravi, para que saísse com o bebê despercebida.

— O mínimo é isso (garantia de saúde e segurança). O que fica é a sensação de impotência, uma sensação horrorosa por causa do descaso, de desleixo. Aqui é um lugar para você se sentir amparado, bem guardado. É inaceitável isso. A polícia está fazendo as investigações dela, a gente está indo a fundo ao caso, o advogado da família acompanha. Todos sabemos que isso foi uma falha da segurança interna do hospital. Uma mulher estranha, que não é da rotina de plantão, transitar? Isso, eu afirmo pelas imagens das câmeras. Transitou com três bolsas pela madrugada, nos corredores do hospital, na enfermaria. Em momento algum foi abordada, e ela saiu pela porta frente, com o meu neto dentro (de uma das bolsas) — criticou.

Após uma denúncia anônima, policiais militares encontram o recém-nascido na comunidade do Borel na manhã de quarta-feira. O pequeno Ravi foi levado na madrugada de terça-feira. A suspeita de sequestrar a criança, que foi presa, teria aproveitado o momento em que a mãe do menino cochilou para pegar o bebê e fugir.

Fonte: EXTRA

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