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ONG faz ato em repúdio à guerra entre Israel e Hamas e as morte de crianças palestina

Ato colocou 120 mortalhas nas areias da Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, representando crianças palestinas vítimas. Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia

A ONG Rio de Paz realizou, na manhã desta sexta-feira (3), em Copacabana, Zona Sul, um ato em repúdio à guerra e ao assassinato de crianças palestinas no conflito entre Israel e o Hamas. Durante o o protesto, foram espalhadas 120 mortalhas nas areais da praia, na altura da Avenida Princesa Isabel, simulando os corpos das vítimas do conflito que ocorre na faixa de Gaza.

Segundo os organizadores, os ataques de Israel à região onde vive a população palestina após a investida hedionda do Hamas, no último dia 7 de outubro, são uma escolha pela guerra “como caminho único e legítimo do exercício do direito de autodefesa” e que configura uma “estranha defesa de direito”.

“Estamos aqui condenando o uso indiscriminado da força e desproporcional da força. Não queremos a guerra, não queremos esse cenário aqui. Meninos e meninas sendo despedaçados por mísseis. Isso está sendo péssimo para a imagem de Israel, dividiu a sociedade e expõe a humanidade ao risco de uma terceira guerra mundial”, explicou o fundador da Rio de Paz, Antonio Carlos Costa.

O líder explicou ainda que a ação de Israel também divide o próprio país, submete os próprios jovens a participarem de uma guerra, além de destruir uma nação já marcada pela pobreza, misturando o sangue de terroristas ao das vítimas civis e crianças.

“A melhor coisa nesse momento é o cessar fogo. É a forma que entendemos mais justa e inteligente de combater o terrorismo, uma vez que entendemos que o terrorismo não é uma luta do oprimido contra o opressor, é barbárie”, defendeu Costa.

As 120 mortalhas colocadas nas areias de Copacabana, representando os corpos das crianças vítimas dos bombardeios em Gaza, traz os nomes dos pequenos em cada uma delas e bandeiras da Palestina. Junto delas, também foi colocada uma faixa com a pergunta “Why?” – “por quê?”, em inglês -, além de uma fotografia que mostra a morte de uma criança.

“Logo após o atentado terrorista praticado pelo Hamas, houve manifestação, em Copacabana, contra tamanha monstruosidade. Fizeram bem os que participaram daquele ato de solidariedade às vítimas e repúdio a um crime bárbaro. Agora, é a vez de nos lembrarmos dos pequeninos palestinos, parte mais vulnerável da guerra em Gaza”, reforçou o fundador da ONG.

O ato foi acompanhado por populares. Um deles, o representante comercial Arnaldo Vauxman, que é judeu, questionou o momento da realização do ato e o fato de não ter ocorrido algo parecido no início dos ataques do Hamas.

“Eu não tenho nada contra palestinos, eu me dou bem com todos, só que mais uma vez é feito atrasado. Por que não fizeram quando o Hamas atacou? Já vai fazer um mês. Agora, quando Israel revida eles para a praia fazer uma manifestação pelo amor, pela morte de crianças. Fazem todo um marketing da desgraça”, criticou.

De acordo com a Unicef, 3.450 crianças foram mortas na Faixa de Gaza nas três semanas e meia de ataques de Israel.

Fonte: O DIA

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