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    A cada hora, uma mulher foi vítima de violência em 2022

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    No ano de 2022, uma mulher foi vítima de violência a cada hora. Os dados alarmantes são provenientes da 3ª edição do Mapa da Mulher Carioca, que revela casos de agressões físicas, sexuais e psicológicas. Destes, 40% foram perpetrados pelo companheiro da vítima e 20% pelos namorados.

    A Zona Oeste se destaca como a região de maior incidência de feminicídios na cidade do Rio, registrando 14 casos ao longo do ano passado.

    Outro dado alarmante é a violência contra pessoas idosas, com uma média de 3 registros por dia e uma notificação a cada 8 horas. Surpreendentemente, 71% dos casos ocorrem no ambiente residencial, e os filhos figuram como os principais agressores.

    O Mapeamento da Violência na Zona Oeste

    Desde 2021, a Secretaria Municipal de Políticas de Promoção da Mulher realiza o Mapa da Mulher Carioca. Segundo a secretária Joyce Trindade, esse levantamento contribui para a compreensão do perfil socioeconômico das vítimas e destaca a predominância de crimes na Zona Oeste.

    “Conseguimos identificar, em cada território, um padrão de violência. Sabemos, por exemplo, que na extrema Zona Oeste, abrangendo regiões de Sepetiba a Padre Miguel e Bangu, o feminicídio é mais comum. Já na Barra e em Jacarepaguá, a violência física é a denúncia mais frequente”, exemplifica.

    Recordando Casos de Feminicídio em 2022

    Uma parte significativa dos feminicídios ocorridos em 2022 foi noticiada pelo O DIA. Na primeira quinzena de junho, por exemplo, três casos chocantes foram registrados em uma única semana. O primeiro aconteceu em 11 de junho, quando o corpo de Marcielly Araújo, de 29 anos, foi descoberto na Comunidade Rio das Pedras, Zona Oeste. Seu companheiro, Glauber Moraes do Nascimento, de 29 anos, se entregou à Polícia Civil no mesmo dia.

    No dia seguinte, José Carlos Martins Esperidião foi preso sob suspeita da morte de sua esposa, Cláudia Gonçalves de Moura, de 51 anos. O corpo da mulher foi encontrado esquartejado e enterrado no quintal de sua residência na comunidade Campo Belo, no bairro Lagoinha, Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

    Também no mesmo dia, Lais Batista da Silva Rocha dos Santos, de 25 anos, foi morta por seu companheiro Magno Rocha, de 29 anos, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Magno foi denunciado pela própria mãe, que ouviu o disparo contra Lais. A família da vítima afirma que o assassinato foi motivado por ciúmes, após os dois passarem uma noite em um bar.

    Na mesma semana, em 14 de julho, a doméstica Elizabeth Lopes da Silva, de 42 anos, foi encontrada morta dentro de um poço atrás da casa de seu ex-companheiro em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Ela estava desaparecida desde 4 de julho, após um encontro com o homem, identificado apenas como Luiz.

    Outra vítima, Viviane Garcia, foi morta pelo marido no bairro Santa Terezinha, em Mesquita, Baixada Fluminense, em 17 de junho. O homem, cuja identidade não foi divulgada, também atirou na filha do casal e, em seguida, tirou a própria vida. A filha sobreviveu após passar por cirurgias no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas o atirador não resistiu aos ferimentos.

    Na madrugada de 23 de junho, a dona de casa Valquíria Celina Ferreira Santos, de 35 anos, faleceu após passar quatro dias internada no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, devido aos graves ferimentos causados pelo namorado. Júlio César Perrone Gomes, de 32 anos, apontado como autor das agressões, teria atacado Valquíria com golpes de uma escavadeira de ferro manual após uma crise de ciúmes.

    No final do mês, em 28 de junho, Vitória Lima Martins foi encontrada morta com os pulsos cortados em uma casa em Inhoaíba, Zona Oeste do Rio. A jovem havia saído de casa para encontrar um amigo que lhe ofereceu um emprego. Rodrigo da Silva Nascimento é apontado pelos familiares como o autor do crime. Na ocasião, ele teria simulado uma cena de duplo suicídio na tentativa de escapar das acusações.

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