Torcedor do Boca Juniors é indiciado por racismo no Rio. Foto: Reprodução
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio representou no domingo (5) pela prisão preventiva do torcedor do Boca Juniors Ahmed Ali Mahanna, natural do Kuwait e morador da Argentina, que proferiu falas racistas durante entrevista para uma emissora argentina. O autor foi indiciado por crime de racismo.
De acordo com a Decradi, a investigação teve início após as imagens da transmissão viralizarem. O fato ocorreu na praia de Copacabana na noite de sexta-feira (3). O homem dava entrevista ao canal argentino TV Todo Notícias, conhecido como TN, e referiu-se a torcedores do Fluminense como “escravos, macacos de m*rda”.
Em troca de informações com o Consulado da Argentina, a delegacia especializada conseguiu identificar o homem. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça.
Questionado sobre a confusão entre os torcedores rivais na véspera, o entrevistado respondeu: “Que distúrbios, se eles têm medo? Escravos, macacos de m*rda”, gritou.
Gesto racista no Maracanã
Já no entorno do Maracanã, no sábado da final, outro torcedor do Boca foi flagrado fazendo um gesto racista para a transmissão do mesmo canal da TV argentina. Ele posicionou-se na frente da câmera e começou a gesticular imitando um macaco.
Brasileiro detido
Em outro caso de racismo, um torcedor brasileiro do Boca Juniors foi preso em flagrante pelo crime de injúria por preconceito, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na noite de sábado (4). Fabiano Vieira Yamuni, mineiro de 19 anos, é filho de pai argentino, e teria chamado uma adolescente, 17, de ‘macaca’, e imitado gestos do animal. O namorado da jovem, também de 17 anos, contou que os dois estavam em uma lanchonete de fast food na Rua Hilário Gouveia, quando os insultos começaram.
Fonte: O DIA