O contrato de concessão do Jardim de Alah, localizado entre os bairros de Ipanema e Leblon, na Zona Sul, foi oficialmente assinado nesta quarta-feira (8) entre a Prefeitura do Rio e o Consórcio Rio + Verde. O consórcio vencedor da licitação assumirá a responsabilidade de investir mais de R$ 110 milhões em melhorias para o parque, além de aportar R$ 20 milhões anualmente em sua manutenção e operação ao longo do contrato de 35 anos. O espaço permanecerá público, com acesso gratuito, e contará com um aumento de 30% em áreas verdes, incluindo a transformação de espaços atualmente ocupados por estacionamentos.
Com o contrato formalizado, o consórcio, composto pela Accioly Participações, Grupo DC-Set, Opy Soluções Urbanas e Pepira, terá aproximadamente seis meses para concluir o processo de licenciamento do projeto, garantindo a conformidade com todas as normas ambientais e de preservação do patrimônio. A previsão é de entregar as obras do parque revitalizado durante o segundo semestre de 2025. A área renovada abrangerá 93,6 mil m², com remoção de muros, restauração de jardins com a inclusão de 40% de novas espécies de árvores, implementação de ciclovias, instalação de um novo parcão, creche com 1,2 mil m², duas quadras poliesportivas, ginásio multiuso, área dedicada a crianças de zero a 4 anos com brinquedos e pisos apropriados, bem como espaço para a terceira idade com equipamentos de ginástica e mesas para jogos.
O prefeito Eduardo Paes enfatizou a importância da integração entre os bairros e a criação de um espaço público de alta qualidade na cidade. Ele destacou que, apesar de se tratar de uma concessão privada, o parque manterá sua natureza pública, proporcionando um ambiente seguro e bem cuidado para a comunidade. O governador do Rio, Cláudio Castro, por meio do Diário Oficial, determinou a demissão do ex-tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz de Oliveira, condenado a 34 anos e seis meses de prisão pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, após a concessão do regime semiaberto.
O crime ocorreu em 11 de agosto de 2011, quando a juíza Patrícia Acioli foi morta ao chegar em sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, após sair do Fórum de São Gonçalo. Naquele dia, ela havia assinado os pedidos de prisão de dois policiais militares, que a seguiram e a executaram com 21 tiros. Eles integravam uma milícia que atuava no 7º BPM, acusada de ter forjado centenas de autos de resistência para encobrir execuções. Todos os 11 policiais denunciados foram condenados pela Justiça.