Na tarde desta segunda-feira (13), no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi efetuada a prisão do comerciante e lutador de jiu-jítsu Fábio Gabriel de Lima Cipriano, de 39 anos, sob suspeita de torturar e tentar estuprar sua companheira, resultando no aborto da criança que a vítima aguardava.
A prisão de Fábio ocorreu no Hospital Municipal Miguel Couto, realizada por policiais militares da UPP Chapéu Mangueira/Babilônia, em colaboração com agentes da 12ª DP (Copacabana). O mandado de prisão preventiva contra ele foi expedido pelo Cartório do I Juizado Violência Doméstica Familiar, abrangendo os crimes de estupro, tortura, tentativa de aborto e violência doméstica contra a mulher.
Os terríveis eventos ocorreram na residência do suspeito, situada no Morro da Babilônia, em Copacabana, também na Zona Sul. A vítima, uma mulher de 25 anos, mantinha um relacionamento com o agressor desde o ano anterior.
Em um dos registros de ocorrência feitos pela vítima, ela descreve o agressor como “uma pessoa muito agradável com pessoas ‘de fora’, mas altamente agressivo nos relacionamentos amorosos”.
O relacionamento dos dois iniciou em outubro de 2022 e terminou em novembro deste ano. A vítima alega em seu relato que Fábio é usuário de drogas e álcool.
A vítima também relata um episódio em que Fábio, mesmo acompanhando os exames, insistia que a gravidez era psicológica, chegando a agredi-la fisicamente, resultando na perda dos bebês que esperava.
Após as agressões e a perda dos filhos, o casal reatou o relacionamento. Contudo, ela foi agredida mais quatro vezes antes de denunciar. Em uma nova briga no início de novembro, após outra agressão, a mulher, grávida novamente, decidiu procurar uma delegacia para fazer a denúncia.
Desta vez, a vítima alegou que foi até a casa do agressor para discutirem sobre a gravidez, mas ele, já embriagado, iniciou uma nova briga. Relatou que ele a trancou no quarto, a manteve em cárcere privado até o dia seguinte, ameaçando-a com um facão, puxando pelos cabelos, socando a cabeça e pisando na barriga. A vítima também afirmou ter sido amarrada e, ao recobrar a consciência, percebeu que estava nua sob um lençol sujo de sangue.