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Prefeitura de Maricá realiza 1º Simpósio do Povo de Matriz Africana

Foto: Clarildo Menezes

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Assuntos Religiosos, da Secretaria de Cultura e do Instituto Darcy Ribeiro (IDR), promoveu nesta quarta-feira (15/11), no Cine Henfil, o 1º Simpósio do Povo de Matriz Africana e Terreiros. Cerca de 180 pessoas participaram da atividade realizada no Centro.

Três temas nortearam o encontro: “Preservação do Conhecimento – Educando para o Futuro”, “Raízes Profundas – Desvendando Nossas Origens e História” e “Respeito e Harmonia – Nossa união para a conquista de espaço e reconhecimento”.

O simpósio abordou as migrações ancestrais, o preparo das futuras gerações como guardiãs da herança espiritual, a importância da educação sobre matriz africana nas escolas, estratégias para alcançar espaços e reconhecimento pessoal, a preservação da história coletiva, o resultado do Censo de Matriz Africana e Terreiros, entre outras temas.

Convidado para compor a mesa de abertura, o coordenador da Secretaria de Liberdade Religiosa do Rio de Janeiro, Pai Márcio de Jagun, parabenizou o município pelo empenho em realizar uma iniciativa tão especial.

“Quero agradecer enormemente pelo convite para estar aqui. Não perdi o feriado, ao contrário, ganhamos o feriado, porque quem viveu, o que a gente viveu aqui, sabe que esse foi um momento histórico. Lindo demais ver esse auditório lotado, repleto de gente que tem propósito, objetivo, que sabe de onde veio e pra onde quer chegar. Isso dá uma dimensão da energia que nós estamos vivendo aqui”, pontuou.

“Antes da religiosidade, vem o respeito e a questão da equidade. A gente precisa trazer as pessoas para perto, combater a intolerância religiosa no município de Maricá, principalmente, o racismo religioso. Então, quero agradecer a oportunidade de poder estar aqui. Mas peço a vocês que hoje, só saiam daqui após darem o pontapé inicial no processo de formalização de seus espaços religiosos”, completou o secretário de Assuntos Religiosos, Jessé Paz.

Secretário de Cultura, Leandro Dasilva falou sobre religiosidade, cultura e do respeito com o próximo.

“Como eu vou resgatar a cultura de Maricá se eu não falar da cultura afro-brasileira? Então, a gente segue aqui nessa tarde maravilhosa, com muito axé, muita alegria e eu sinto o coração explodindo de felicidade. Está sendo bem gostoso, porque é uma reunião de pessoas que estão lutando por uma causa, uma conjuntura de ideias, pensamentos e muita fé”, afirmou Leandro.

Coordenador da Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos, Oliver Goiano abordou a importância da ancestralidade.

“Uma doutrina que me chama muito a atenção no povo de terreiro, no povo de santo, é a ancestralidade. Isso toca a minha alma de uma maneira muito profunda. Existe um projeto de poder fundamentalista que tenta tirar a África do Brasil e negar a história que não pode ser negada. E nós não podemos permitir”, destacou.

O público também prestigiou as apresentações dos grupos Vozes da Fé e Samba Show, além de assistir a exibição do filme “O Jardim das Folhas Sagradas”.

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