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Sociedades médicas lançam Aliança contra o Câncer de Pulmão

Durante o XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, no Rio de Janeiro, foi apresentada a Aliança Brasileira de Combate ao Câncer de Pulmão. Esta coalizão reúne a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CRB), a Sociedade Brasileira de Radiologia e a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

O Dr. Carlos Gil Moreira Ferreira, médico oncologista clínico e presidente da SBOC, enfatizou que a meta principal dessa iniciativa é sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, promovendo um conhecimento mais amplo sobre a doença. Além disso, busca-se influenciar os tomadores de decisão no Ministério da Saúde e no Congresso Nacional para investimentos em rastreamento e tratamento eficaz dos pacientes.

“Frequentemente, o câncer de pulmão é a causa mais comum de morte no Brasil e no mundo. Estima-se que em 2023 haverá cerca de 2 milhões de novos casos diagnosticados globalmente, resultando em 1,8 milhão de óbitos. A taxa de mortalidade dessa doença é comparável à sua incidência”, ressaltou Ferreira.

Ele acrescentou que a sobrevida dos pacientes diagnosticados em estágios avançados aumentou de 9 meses para cinco anos. “Por outro lado, a cura é superior a 80% quando a detecção ocorre nos estágios iniciais. O desafio reside em identificar precocemente, o que não é tão complexo, considerando que 85% dos casos estão associados ao tabagismo. Programas de rastreamento baseados em tomografias periódicas são direcionados à população de risco que necessita de acompanhamento regular.”

Ferreira ressalta a prevenção como chave no enfrentamento desse tipo de câncer, especialmente pela redução do tabagismo. Nos últimos 20 anos, o Brasil observou uma redução de fumantes na população de 30% para 9%. No entanto, ele alerta para um aumento recente do tabagismo entre os jovens, atribuindo esse cenário aos cigarros eletrônicos, que se tornaram uma porta de entrada para o tabagismo convencional. Estudos já sugerem a relação entre esses dispositivos e o desenvolvimento do câncer de pulmão.

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