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    Em depoimento à polícia, mulher diz que estudante da UFRJ tentou matá-la porque ela queria ouvir música, e ele não

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    Márcio George Gomes Neves, de 26 anos, é natural da Bahia e estuda matemática na UFRJ — Foto: Divulgação

    Em depoimento à polícia, mulher agredida por Márcio George Gomes Neves, seu namorado, disse que foi enforcada porque queria ouvir música e ele não deixava. Os dois começaram a discutir por volta das 18h de terça-feira, em um alojamento da UFRJ, no Fundão, quando ele a arrastou para o quarto e lhe enforcou. A vítima foi socorrida por duas amigas, que ouviram a briga e decidiram intervir. O homem foi preso no dia do crime pela 37ªDP, na Ilha do Governador.

    A mulher contou que namora Márcio, natural da Bahia e estudante de matemática da UFRJ, há 1 ano e três meses. Eles têm um filho de 6 meses, que mora com ela no alojamento estudantil. Aos agentes, ela revelou que o agressor “sempre se mostrou muito agressivo, com surtos descontrolados e sempre se inflama do nada”, mas que nunca a teria agredido fisicamente. As violências, segundo ela, costumavam ser psicológicas e, por acreditar que ele poderia melhorar com o tempo, nunca o denunciou.

    Duas amigas da vítima, que moram próximo a ela, ouviram a briga e correram até o local para intervir. Ao chegarem lá, teriam visto o agressor enforcando a mulher, que ficou com hematomas no pescoço e fala prejudicada. Elas ligaram para a segurança da UFRJ, momento em que Márcio pegou a mochila e saiu do alojamento.

    Ele foi direto para a 37ªDP, onde registrou uma ocorrência contra a namorada, dizendo que ela o teria agredido em uma briga de casal. O policial que o ouviu suspeitou da história e fez contato com a mulher, que foi à delegacia acompanhada pelas amigas e por seguranças da universidade. Após a ouvirem, os policiais não tiveram dúvidas de que ela havia sido vítima de tentativa de feminicídio, e prenderam o agressor.

    À polícia, a vítima afirmou que teme por sua integridade física e que só não foi morta porque as amigas chegaram a tempo de ajudá-la. No depoimento, ela também pediu medida protetiva de urgência.

    Fonte: EXTRA

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